No Distrito Federal, vítimas de falhas em procedimentos estéticos realizados em uma clínica de Taguatinga denunciamos a biomédica Cely Tatiana Queiroz de Souza. Pacientes como Marivone Martins e Denise Alves relatam experiências traumáticas e sequelas graves, incluindo problemas de audição, infecções e hospitalizações prolongadas. O Conselho de Biomedicina do DF já suspendeu o registro da profissional, enquanto ela defende sua inocência.
O impacto dos procedimentos estéticos
A busca por procedimentos estéticos tem crescido no Brasil. Tanto mulheres quanto homens têm investido cada vez mais em tratamentos para aparência, mas a consequência de falhas pode ser devastadora. Marivone Martins, uma das pacientes afetadas, procurou a clínica em 2023 para a aplicação de botox e vitamina E na região dos olhos. No dia seguinte ao procedimento, ela acordou com o rosto inchado e avermelhado.
Ignorando os sintomas alarmantes, a responsável pelo procedimento indicou que a reação era normal e recomendou o uso de anti-inflamatórios. A situação, no entanto, se agravou, levando Marivone a buscar atendimento na UPA de Vicente Pires, onde foi diagnosticada com uma infecção grave.
A luta pela justiça
Após ser encaminhada ao Hospital de Base, Marivone precisou de cinco antibióticos diferentes para controlar a infecção e ficou internada por meses. Além dos danos físicos, a paciente também sofreu complicações auditivas. Marivone decidiu buscar reparação legal, processando a clínica e a biomédica por danos morais, estéticos e materiais.
Outras vítimas e o mesmo destino
Outra paciente, Denise Alves, teve uma experiência igualmente dramática. Em 2023, ela realizou um preenchimento facial com a mesma biomédica e, logo após o procedimento, começou a mostrar sinais de inchaço. O quadro de saúde de Denise se deteriorou rapidamente, resultando em quatro internações longas. Assim como Marivone, Denise também enfrenta sequelas físicas e psicológicas, gerando um impacto significativo em sua qualidade de vida.
Entrevista com a biomédica
A defesa da biomédica Cely Tatiana Queiroz de Souza argumenta que as alegações feitas contra ela são infundadas. A profissional afirma que sempre seguiu todos os protocolos técnicos e éticos recomendados para as intervenções estéticas e que está preparada para provar sua inocência em tribunal.
Consequências para o setor estético
O caso levanta importantes questões sobre a regulamentação de procedimentos estéticos no Brasil. Com o crescimento da demanda, muitas clínicas têm proliferado, mas nem todas oferecem a segurança e qualidade necessárias. Profissionais da área alertam para a importância de verificar as credenciais de quem realiza tais procedimentos, e o caso de Taguatinga serve de alerta sobre riscos envolvidos.
A saúde em primeiro lugar
É fundamental que os pacientes façam escolhas ponderadas ao optarem por procedimentos estéticos, buscando profissionais devidamente qualificados e clínicas reconhecidas. As sequelas enfrentadas por Marivone e Denise são um lembrete sombrio dos cuidados que devem ser tomados nessa área. A saúde deve sempre vir em primeiro lugar, em qualquer tratamento.
À medida que essa história se desenrola, a expectativa é que mais vítimas se manifestem e que ações sejam tomadas para responsabilizar os profissionais que não atendem aos padrões de segurança. O caso de Taguatinga é um exemplo de que procedimentos estéticos precisam ser realizados com responsabilidade e ética.
Conclusão: A importância da fiscalização
Finalmente, as autoridades competentes devem intensificar a fiscalização sobre clínicas de estética para garantir a proteção dos consumidores. A denúncia de Marivone Martins e Denise Alves pode ser um ponto de virada para a discussão sobre práticas seguras em tratamentos estéticos no Brasil.