Brasil, 5 de agosto de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Homem é preso por golpear vítimas na compra da casa própria no Rio

Polícia Civil desmantela quadrilha que prometia imóveis, mas só aplicava golpes em pessoas humildes.

Na manhã de quinta-feira, a Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu Leandro da Silva, um homem suspeito de integrar uma quadrilha que enganava cidadãos em busca da casa própria. Os criminosos, que atuavam no centro, atraíam vítimas humildes com promessas de facilidade na compra de imóveis, mas na verdade se tratava de um golpe bem elaborado.

O modo de operação da quadrilha

As investigações revelaram que o grupo utilizava uma estratégia conhecida para aplicar os golpes. Eles identificavam imóveis disponíveis em plataformas digitais, republicavam os anúncios em outros sites, substituindo os contatos pelos números de WhatsApp dos golpistas. Dessa forma, as vítimas eram atraídas e marcavam visitas aos imóveis que, na verdade, nem estavam à venda naquele local.

Após as visitas, os criminosos iniciavam o processo fraudulento de “venda”, pedindo que a vítima fizesse um depósito inicial como entrada, com a promessa de formalizar um contrato com parcelas mensais que, na realidade, jamais existiriam. Um exemplo claro dessa abordagem foi a história de uma mulher que se interessou por um imóvel no bairro de Cosmos. Ela foi convocada a um “escritório” onde supostamente assinaria os documentos para a compra da casa, cujo valor acordado era de R$ 30 mil, com entrada de R$ 5.600 e 390 parcelas de R$ 860.

A descoberta do golpe

A polícia, no entanto, desmascarou o esquema. Ao visitar a residência anunciada, os agentes descobriram que os verdadeiros proprietários eram os responsáveis pelo anúncio em plataformas de vendas legítimas, sem qualquer ligação com os golpistas. Os policiais afirmaram que o plano do grupo era um ardil para enganar pessoas vulneráveis à procura de imóveis acessíveis.

A estrutura do crime

O grupo também utilizava um espaço de coworking na Avenida Rio Branco, alugado por hora, para dar a impressão de uma operação comercial legítima. Esses ambientes compartilhados, normalmente utilizados por startups e freelancers, permitiam que os golpistas simulassem uma estrutura formal, dificultando ainda mais a detecção das fraudes. No entanto, investigações posteriores mostraram que o escritório não tinha qualquer relação com os crimes.

Ainda de acordo com as autoridades, todos os pagamentos das “vendas” eram direcionados para uma conta vinculada à empresa Zurich Soluções Imobiliárias Ltda. Embora a companhia possua um CNPJ ativo, nunca teve endereço físico efetivo e, segundo as investigações, era utilizada apenas como fachada para os golpes.

Consequências e próximos passos

Leandro da Silva foi preso em flagrante e agora enfrenta acusações de estelionato e associação criminosa. Investigadores informaram que, além dele, uma falsa corretora e o mentor do esquema já foram identificados e estão em processo de busca. A TV Globo tentou contatar os advogados de Leandro Silva e da empresa Zurich Soluções Imobiliárias Ltda, mas não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

Este caso serve como um alerta para os cidadãos, especialmente os que buscam comprar suas primeiras casas. É essencial sempre confirmar a legitimidade do imóvel e da empresa com a qual se está lidando, evitando assim cair em fraudes que podem resultar em perdas financeiras significativas. A Polícia Civil continua suas investigações, na expectativa de identificar outras possíveis vítimas e desmantelar completamente esta quadrilha.

O caso destaca a importância de atenção e cautela durante processos tão significativos quanto a compra de um imóvel, especialmente em tempos de crise econômica, onde mais pessoas buscam oportunidades acessíveis no mercado imobiliário.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes