Brasil, 26 de julho de 2025
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A pauta da justiça tributária e seu desconhecimento entre os pobres

A maioria dos brasileiros de baixa renda desconhece a justiça tributária, apesar de apoiá-la. Como isso afeta a política de Lula?

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta desafios para retomar apoio dos eleitores tradicionais, especialmente dos mais pobres. A narrativa de “justiça tributária”, uma das principais bandeiras de seu governo, ainda não conseguiu ganhar a adesão esperada entre a população de baixa renda. Dados da pesquisa Genial/Quaest revelam que, quanto maior a necessidade de compreensão do tema, menor é a familiaridade com o conceito. Para Lula, essa dissonância representa um obstáculo, mas também a oportunidade de reforçar uma agenda com potencial de impacto social.

Desconhecimento entre os mais pobres

A pesquisa Bucior/ Quaest apontou que apenas 32% dos brasileiros que ganham até dois salários mínimos por mês estão cientes do que é justiça tributária, enquanto 67% não sabem do que se trata. À medida que se avança nas faixas de renda, o conhecimento aumenta: 47% a 53% entre aqueles que recebem entre dois e cinco salários, e 46% a 53% entre os que ganham acima de cinco salários. Isso significa que somente os brasileiros mais ricos têm maior consciência sobre essa proposta do governo.

Poder do apoio popular

Embora os números refletem uma lacuna na comunicação, os dados também revelam que existe um forte respaldo popular para a noção de que os mais ricos devem pagar mais impostos para ajudar os mais pobres. A pesquisa mostra que 63% da população se mostrou favorável a essa lógica distributiva na tributação. Porém, esse apoio é ainda maior entre os cidadãos de baixa renda, onde 68% respaldam essa medida, enquanto na faixa de renda mais alta, a aprovação cai para 58%.

O CEO da Quaest, Felipe Nunes, destaca que essa agenda tem um potencial significativo para render representatividade e gerar identificação com o eleitor. Ele observa que, embora a polarização entre “ricos e pobres” possa parecer um caminho útil, uma abordagem menos divisória tem mais chances de ressoar na opinião pública. O argumento de tributar os ricos para aliviar a carga dos mais pobres pode acionar mudanças na percepção do governo.

Divisão de opiniões

Apesar do respaldo geral à ideia de justiça tributária, apenas 38% dos entrevistados acreditam que um discurso que enfatize as divisões entre ricos e pobres seja eficaz. Para 53%, essa abordagem pode ser prejudicial, alimentando um clima de polarização. Essa contradição reflete uma necessidade de cuidado ao formular o discurso político, pois as pessoas concordam em princípio com a ideia de que os ricos devem pagar mais, mas resistem ao discurso que exacerba as divisões sociais.

Análise por regiões

A análise regional também mostra contradições interessantes: o Nordeste, que é o principal reduto de apoio ao presidente, é onde a consciência sobre a bandeira da justiça tributária é a mais baixa (35%), mas também onde a aceitação de tributar os ricos é a mais alta (73%). Isso ressalta a complexidade do sentimento popular em relação a essas questões, apontando que há um espaço considerável para que o governo trabalhe na comunicação da proposta.

Propostas em andamento

A principal medida do governo para promover a justiça tributária é a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil, que será compensada com uma nova alíquota para aqueles que ganham acima de R$ 50 mil. Essa proposta já recebeu aprovação de uma comissão especial na Câmara dos Deputados, o que sugere um potencial avanço nessa área.

Por outro lado, pesquisas indicam que a melhora na aprovação do governo pode não ser inteiramente atribuída à comunicação sobre justiça tributária. Por exemplo, o recente tarifário de Donald Trump contra o Brasil teve um impacto mais significativo na percepção popular de Lula do que as propostas de justiça tributária. A recuperação da popularidade está se mostrando mais forte entre segmentos que tradicionalmente não eram seus suportes, como o eleitorado da classe média.

A falta de familiaridade de setores mais pobres com a proposta de justiça tributária pode ser um sinal de que o governo ainda tem um caminho a percorrer na comunicação de seus propósitos e na criação de um ambiente favorável para seus objetivos eleitorais. A estratégia de abordagem precisa considerar as nuances das percepções populares, que podem ser um divisor de águas na política brasileira nos próximos anos.

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白宫回应《The View》批评:乔伊·贝哈尔是“无关紧要的失败者”

白宫于7月23日对美国谈话节目《The View》中主持人有关前总统特朗普及前总统奥巴马的争议性言论发表强烈声明,称哪该节目“被下架”。 主持人指特朗普嫉妒奥巴马引发白宫回应 在当日节目中,主持人伍彼·戈德堡、萨拉·海恩斯、乔伊·比哈尔、桑尼·霍斯廷和艾丽莎·法拉·格里芬批评特朗普对奥巴马的持续指责,称这是“出于嫉妒”。 此前,特朗普在7月22日曾公开指控奥巴马“试图发动政变……与希拉里·克林顿合作”,涉及一份由国家情报局局长图尔西·加巴德发布的报告,质疑2017年对俄罗斯影响特朗普胜选的评估。 特朗普的指控引发奥巴马阵营强烈反击 奥巴马的发言人帕特里克·罗登巴什回应称:“这些荒谬的指控完全没有依据,是分散注意力的弱智行为。上周公布的文件明确确认,俄罗斯试图影响2016年大选,但没有成功操控投票。” 在节目中,戈德堡指出:“一位现任总统竟然指控一位前总统叛国,这是极其严肃的指控。”她还质疑是否特朗普在最高法院有关总统豁免权的判决中“言之凿凿”。 “特朗普嫉妒奥巴马”论引发热议 比哈尔补充说:“谁在2021年国会大厦骚乱时试图推翻政府呢?当然不是奥巴马。”她还声称,特朗普“非常嫉妒奥巴马,因为奥巴马拥有他所没有的优点:苗条、聪明、英俊、幸福的婚姻和会唱老鹰乐队的《Let’s Stay Together》。” 比哈尔建议奥巴马起诉特朗普,而桑尼·霍斯廷则表示:“奥巴马至今还在特朗普脑海里‘免租’”,暗示特朗普对奥巴马的嫉妒已经变成一种执念。 白宫强烈反应:批评“特朗普厌恶综合症” 根据《娱乐周刊》,白宫发言人泰勒·罗杰斯在一封电子邮件中回应说:“乔伊·贝哈尔是个‘无关紧要的失败者’,患有严重的‘特朗普厌恶综合症’。” 白宫还称《The View》“收视率跌至新低”,并指出:“贝哈尔应当自省,反思自己对特朗普的嫉妒,而不是在节目中散布谎言。” 节目前景与未来影响 《The View》方面回应称,其收视率“比去年同期有所提升,是近四年来最受关注的节目”。 此次争议引发广泛关注,有分析认为白宫的强硬回应可能会进一步激化双方的矛盾,未来两者的“火药味”或持续升级。 完整视频和更多信息,可以在节目官网查看。

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