O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana, declarou nesta terça-feira (22) que a tarifa imposta pelos Estados Unidos ao Brasil não representa um problema comercial, mas uma ação de grupos políticos extremistas ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A afirmação foi feita durante cerimônia de assinatura de convênio com a Unicafes, voltado para a exportação de produtos agroindustriais.
Críticas à motivação da tarifa dos EUA
Segundo Viana, a medida tarifária dos Estados Unidos é uma tentativa de prejudicar o país por motivos políticos, não comerciais. “Eu não consigo achar o problema que nós temos com os Estados Unidos, para poder agir. Porque o que está vindo para nós não é um problema de comércio, é uma ação perversa de família, de grupos extremistas que querem danificar o país, querem danificar quem trabalha, danificar as empresas e danificar a soberania do nosso país. E diante disso devemos estar unidos como nunca antes”, afirmou o presidente da Apex.
Projeto de incentivo às cooperativas agroindustriais
O convênio assinado integra o Projeto de Extensão Industrial Exportadora (Peiex), criado para fortalecer cooperativas ligadas à Unicafes e ampliar sua presença em mercados externos. A iniciativa busca capacitor essas cooperativas na gestão e na internacionalização de seus produtos, promovendo práticas sustentáveis e inclusão social.
Foco na sustentabilidade e inclusão social
Dados da Unicafes apontam que 92,6% das cooperativas adotam práticas sustentáveis na produção, 75% são agroindústrias e 73,4% promovem a inclusão de jovens e mulheres. A valorização das mulheres é um dos eixos do projeto, como reconhecimento pelo trabalho dedicado ao cultivo e ao desenvolvimento das comunidades.
Impactos para a competitividade das cooperativas
Fátima Torres, presidente da Unicafes, destacou que o projeto trará maior força e capacidade de abertura de mercados às cooperativas para exportação. “Vamos oferecer capacitação para as cooperativas, promovendo o amadurecimento da gestão e contribuindo para a internacionalização do cooperativismo solidário”, afirmou.
A medida visa fortalecer as cooperativas brasileiras, tornando-as mais competitivas tanto no mercado interno quanto no exterior, apesar das tensões políticas relacionadas às tarifas impostas pelos EUA.