Brasil, 23 de julho de 2025
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Mais de 4 mil moradias em risco em Teresina

Projeto aponta localidades vulneráveis e busca reduzir impactos das enchentes na capital piauiense.

Teresina, capital do Piauí, enfrenta um sério problema de moradias em áreas de risco. Um levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) revelou que pelo menos 4.048 residências estão em situação de risco alto, enquanto 116 moradias estão classificadas como risco muito alto. Essa questão alarmante levou a cidade a ser escolhida como uma das dez do Brasil para integrar o Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR). Este projeto, desenvolvido em parceria com o Serviço Geológico do Brasil (SGB), tem como objetivo implementar medidas para mitigar os impactos das enchentes e deslizamentos, por meio de obras de infraestrutura e saneamento.

Mapeamento de Risco em Teresina

Em entrevista ao g1, o engenheiro pesquisador do IPT, Gabriel Matos, destacou que a primeira fase do plano foi realizada entre dezembro de 2024 e fevereiro de 2025, onde uma equipe de geólogos mapeou áreas vulneráveis a deslizamentos, erosão e inundações. Os locais foram categorizados em três níveis de risco: médio (R2), alto (R3) e muito alto (R4).

Desde 14 de julho, o IPT tem revisitado as áreas identificadas como de maior risco para sugerir intervenções que possam reduzir ou eliminar essas ameaças. As pesquisas estão previstas para se estender até o início de agosto, com a expectativa de trazer soluções concretas para a população afetada.

Desafios da Ocupação Urbana

Gabriel Matos falou sobre os desafios que a cidade enfrenta devido à ocupação desordenada nas áreas próximas às lagoas, especialmente na região do Aeroporto e na Zona Norte. A construção de aterros impróprios tem sido uma prática comum, resultando em aterros mal compactados, que podem agravar os problemas de enchentes no futuro. O estudo também analisou como as inundações são impactadas pelos rios Poty e Parnaíba.

Até o momento, foram identificados 166 setores de risco, sendo 94 classificados como de risco médio, 65 de risco alto e 7 de risco muito alto. Essa classificação torna evidente a urgência em se implementar medidas eficazes para proteger os moradores dessas áreas.

Iniciativa Periferia Viva

O projeto Periferia Viva, da Secretaria Nacional de Periferias (SNP), Ministério das Cidades, tem como foco melhorar as condições de vida nas áreas periféricas do Brasil. Com essa iniciativa, busca-se integrar políticas públicas que respondam às necessidades das comunidades locais, oferecendo um suporte essencial para lidar com as adversidades como as inundações.

A Defesa Civil de Teresina está realizando um acompanhamento contínuo das pesquisas de campo, assegurando que as informações coletadas sejam utilizadas de maneira eficaz para desenvolver um plano de ação que beneficie a comunidade em geral.

Importância da Participação Comunitária

Além das iniciativas governamentais, a participação da comunidade é fundamental para o sucesso do plano. A conscientização sobre os riscos e a colaboração da população na implementação de medidas preventivas serão cruciais para a verdadeira redução dos riscos enfrentados pela cidade.

Acompanhar o progresso desses projetos e participar ativamente das discussões sobre o desenvolvimento das áreas de risco é essencial não apenas para a segurança dos moradores, mas também para fomentar um ambiente urbano mais resiliente e sustentável. A colaboração entre o governo, a academia e a sociedade civil pode resultar em um futuro mais seguro para todos os cidadãos de Teresina.

Em suma, a situação em Teresina é um chamado à ação urgente. Com mais de quatro mil moradias em risco, a implementação efetiva do Plano Municipal de Redução de Riscos pode ser a chave para aliviar os problemas enfrentados por muitas famílias, garantindo que suas vidas e propriedades estejam protegidas contra desastres naturais.

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