No final da tarde de quinta-feira, 17 de julho, um incêndio significativo atingiu uma fábrica de trituração de pneus localizada no distrito industrial de Mairinque, São Paulo. As chamas, que tiveram início em uma área de vegetação adjacente, despertaram a preocupação das autoridades locais devido à falta de licença válida de operação da empresa desde 2019, segundo informações da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB).
A situação alarmante da fábrica
A CETESB realizou uma vistoria técnica na fábrica nesta segunda-feira, 21 de julho, e anunciou que pode aplicar penalidades, incluindo multas, de acordo com a legislação ambiental vigente. Este evento trágico veio à tona em um contexto onde já havia uma preocupação anterior sobre a adequação das instalações e as práticas de segurança da empresa.
Representantes da fábrica se reuniram com a Prefeitura de Mairinque, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e a Defesa Civil para discutir as implicações da emergência e as possíveis medidas corretivas a serem implementadas. A conversa foi marcada por uma atmosfera de urgência, visto que a Defesa Civil já havia notificado a empresa sobre um anterior incêndio que havia ocorrido nas instalações, destacando a necessidade de melhorias urgentes para garantir a segurança no local.
Recomendações e responsabilidade da empresa
A Secretaria de Meio Ambiente também tomou parte ativa nas discussões, orientando os representantes da fábrica sobre a destinação correta dos pneus e reforçando que, mesmo com o incêndio tendo começado em uma área externa, a empresa continua responsável por manter a ordem na área afetada. A responsabilidade da fábrica é ainda mais crucial ao se considerar as potenciais consequências ambientais que poderiam advir de um incêndio em um local que abriga resíduos de pneus, altamente inflamáveis e prejudiciais ao meio ambiente.
Desenvolvimento do incêndio e a resposta dos bombeiros
O incêndio começou no mato ao lado da empresa e rapidamente se alastrou, provocando danos à parte dos pneus armazenados nas instalações. Felizmente, não houve relatos de ferimentos entre os trabalhadores, que foram evacuados de forma segura. Durante a operação, quatro caminhões do Corpo de Bombeiros foram mobilizados para controlar as chamas, que se espalharam por uma área de aproximadamente 20 mil metros quadrados.
As autoridades locais continuam a monitorar a situação, sem descartar a possibilidade de futuras inspeções e sanções. “É fundamental que as empresas do setor estejam em conformidade com a legislação ambiental. Não apenas para evitar acidentes, mas também para garantir a segurança da comunidade e a preservação do meio ambiente”, comentou um representante da CETESB durante uma coletiva de imprensa.
Contextualização e repercussões locais
Este incidente levanta questões importantes sobre a fiscalização e a operação de indústrias em áreas urbanas e suburbanas, especialmente aquelas que lidam com materiais potencialmente perigosos. A comunidade local expressou suas preocupações com a segurança da fábrica e as consequências que incêndios dessa natureza podem acarretar. Além disso, a situação chama a atenção para a importância do monitoramento rigoroso das práticas empresariais, especialmente na gestão de resíduos industriais.
A Prefeitura de Mairinque, em parceria com a CETESB e a Defesa Civil, está se comprometendo a garantir que sejam tomadas medidas adequadas para evitar a repetição de incidentes semelhantes no futuro. A população local está atenta às ações que serão implementadas e à forma como a fábrica irá se adequar aos normativos exigidos.
O incêndio em Mairinque serve não apenas como um alerta significativo para as autoridades ambientais, mas também como um chamado à ação para as indústrias, a fim de que priorizem a segurança e a responsabilidade ambiental em suas operações. À medida que as investigações e as ações corretivas avançam, a comunidade aguarda ansiosamente por resultados e garantias de que a segurança e a saúde ambiental sejam sempre respeitadas.