No dia 17 de julho, Stephen Colbert anunciou que a 11ª temporada de sua atração, The Late Show, será a última, com encerramento previsto para maio de 2026. A notícia gerou comoção e especulações sobre possíveis motivos políticos, especialmente após a declaração da CBS de que a decisão foi “puramente financeira”.
Reações de celebridades e políticos à decisão da CBS
Famosos de diferentes áreas expressaram indignação com o fim do programa de Colbert, acusando a rede de tentar silenciar vozes críticas. A atriz e vencedora do Oscar Jamie Lee Curtis afirmou à Associated Press que a decisão é “ruim”, reforçando o respeito por Colbert como jornalista e comediante. “Eles estão tentando silenciar as pessoas, mas isso não vai funcionar”, garantiu.
O ator John Cusack criticou duramente a decisão, sugerindo uma tentativa de “fascistização” do país: “Ele não se curva o suficiente para o fascismo americano”, publicou em rede social. A atriz Zoe Saldaña reproduziu uma postagem do Washington Post, destacando a indicação do programa ao Emmy dias antes da suspensão.
Suporte de colegas de televisão e líderes políticos
Entre os colegas de palco, atores como Kristin Chenoweth e Jack Quaid expressaram choque e apoio enfático a Colbert. “Obrigado por tudo, uma lenda”, escreveu Quaid nas redes. Ben Stiller lamentou a decisão, desejando sucesso à equipe do programa.
Kerry Washington compartilhou uma avaliação emocionada, destacando o impacto positivo de Colbert na vida dos espectadores e sua habilidade de “trazer alegria mesmo nos tempos mais difíceis”. Já Olivia Wilde publicou uma história no Instagram com um coração partido em referência ao anunciado encerramento.
Politicamente, nomes como Elizabeth Warren e Bernie Sanders levantaram suspeitas de conotação politicada na causa do cancelamento. Warren comentou que a decisão ocorreu dias após o pagamento de US$16 milhões pela CBS a Donald Trump, acusando uma possível motivação política.
Suspeitas de motivações políticas e impactos na democracia
Senadores e líderes de esquerda destacaram que o encurtamento do programa pode refletir uma estratégia de censura às vozes críticas ao poder econômico e político. Hakeem Jeffries elogiou Colbert por “falar verdade ao poder” e não se curvar às pressões.
Na visão de Bernie Sanders, o encerramento do programa de Colbert é um movimento ligado ao interesse do bilionário e proprietário da CBS, que teria tentado suprimir uma crítica importante. O governador de Minnesota, Tim Walz, reforçou que Colbert foi um exemplo de coragem ao sempre “falar a verdade”.
Reforço do apoio e protestos
Artistas como Rachel Dratch e Bowen Yang manifestaram frustração e admiração por Colbert, enquanto ativistas e comediantes apontaram a decisão como um retrocesso na liberdade de expressão. Seth Meyers, colega de programa, declarou que Colbert é uma pessoa ainda melhor que seu talento, e que sentirá falta do humor inteligente do apresentador.
Outros influentes, incluindo Stephen King e Stacey Abrams, também demonstraram surpresa e desapontamento, sugerindo que o fim do programa é uma perda para a democracia e o debate público.
Perspectivas futuras
De acordo com fontes próximas, ainda não há planos concretos de Colbert após o encerramento do programa, mas muitos na indústria acreditam que a sua influência continuará forte, e que o comediante poderá retornar com novos projetos de forte impacto social e político.
A controvérsia reforça a percepção de que o episódio é um símbolo das tensões entre o poder da mídia, a liberdade de expressão e os interesses econômicos nos Estados Unidos, numa época marcada por debates acirrados sobre o papel da imprensa no cenário político.