Brasil, 23 de julho de 2025
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Exportações de carne do Brasil para os EUA caem em junho de 2025

Dados mostram redução nas exportações de carne bovina brasileira para os EUA, com temores de retração devido às tarifas de Trump

As exportações de carne bovina do Brasil para os Estados Unidos recuaram em junho de 2025, passando de 27.413 toneladas em maio para 18.232, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). Apesar da queda, o volume de junho ainda representa uma diminuição em relação às 20.205 toneladas registradas no mesmo mês do ano passado.

Impacto das tarifas e expectativa de retração

A Associação considera a redução de junho dentro da média histórica, mas há preocupação quanto ao impacto das ameaças de tarifas por parte do governo americano. Para Roberto Perosa, presidente da Abiec, é fundamental que o governo brasileiro intensifique as negociações, pois as tarifas podem inviabilizar a exportação de carne bovina aos Estados Unidos, o segundo maior mercado para o setor brasileiro, atrás apenas da China.

Produção e contratos ameaçados

Perosa ressaltou que já há frigoríficos interrompendo a produção destinada ao mercado norte-americano devido à incerteza na taxação. Ele destacou que, atualmente, cerca de 30 mil toneladas de produtos já produzidos estão nos portos ou em trânsito, representando aproximadamente 150 a 160 milhões de dólares. A sua sugestão é que haja uma prorrogação no início da taxação, prevista para o dia 1º de agosto, para evitar prejuízos em contratos já firmados.

Risco para a produção norte-americana

A situação também preocupa a produção dos Estados Unidos, que enfrenta o seu menor ciclo pecuário em 80 anos. Assim, os EUA dependem da complementação do Brasil, especialmente para a produção de hambúrgueres e cortes dianteiros, que, embora pouco consumidos internamente, têm grande importância econômica no mercado americano. O país americano já aplica uma tarifa de aproximadamente 36% sobre esses cortes, mas a possível adição de mais 50 pontos percentuais tornaria a exportação praticamente inviável.

Reforço na necessidade de diálogo

Na avaliação de Perosa, é urgente o diálogo entre os governos para evitar o agravamento da situação. Ele reforçou a importância de sensibilidade nas negociações e destacou que a continuidade do comércio depende de ações diplomáticas rápidas e eficientes para evitar uma crise no setor de carnes brasileiro.

Para acompanhar os desdobramentos, o setor aguarda novas negociações e possíveis prorrogações, enquanto empresas já começam a buscar alternativas para minimizar os impactos das tarifas sobre suas operações de exportação.

Mais detalhes sobre a situação podem ser acompanhados na reportagem completa no O Globo.

Economia

As exportações de carne bovina do Brasil para os Estados Unidos recuaram em junho de 2025, passando de 27.413 toneladas em maio para 18.232, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). Apesar da queda, o volume de junho ainda representa uma diminuição em relação às 20.205 toneladas registradas no mesmo mês do ano passado.

Impacto das tarifas e expectativa de retração

A Associação considera a redução de junho dentro da média histórica, mas há preocupação quanto ao impacto das ameaças de tarifas por parte do governo americano. Para Roberto Perosa, presidente da Abiec, é fundamental que o governo brasileiro intensifique as negociações, pois as tarifas podem inviabilizar a exportação de carne bovina aos Estados Unidos, o segundo maior mercado para o setor brasileiro, atrás apenas da China.

Produção e contratos ameaçados

Perosa ressaltou que já há frigoríficos interrompendo a produção destinada ao mercado norte-americano devido à incerteza na taxação. Ele destacou que, atualmente, cerca de 30 mil toneladas de produtos já produzidos estão nos portos ou em trânsito, representando aproximadamente 150 a 160 milhões de dólares. A sua sugestão é que haja uma prorrogação no início da taxação, prevista para o dia 1º de agosto, para evitar prejuízos em contratos já firmados.

Risco para a produção norte-americana

A situação também preocupa a produção dos Estados Unidos, que enfrenta o seu menor ciclo pecuário em 80 anos. Assim, os EUA dependem da complementação do Brasil, especialmente para a produção de hambúrgueres e cortes dianteiros, que, embora pouco consumidos internamente, têm grande importância econômica no mercado americano. O país americano já aplica uma tarifa de aproximadamente 36% sobre esses cortes, mas a possível adição de mais 50 pontos percentuais tornaria a exportação praticamente inviável.

Reforço na necessidade de diálogo

Na avaliação de Perosa, é urgente o diálogo entre os governos para evitar o agravamento da situação. Ele reforçou a importância de sensibilidade nas negociações e destacou que a continuidade do comércio depende de ações diplomáticas rápidas e eficientes para evitar uma crise no setor de carnes brasileiro.

Para acompanhar os desdobramentos, o setor aguarda novas negociações e possíveis prorrogações, enquanto empresas já começam a buscar alternativas para minimizar os impactos das tarifas sobre suas operações de exportação.

Mais detalhes sobre a situação podem ser acompanhados na reportagem completa no O Globo.

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