As autoridades do FBI estão liderando as investigações após um ato de vandalismo na Igreja de Santa Elizabeth de Hungria, na Diocese de Pittsburgh, na Pensilvânia, divulgado na semana passada pelo bispo local, Dom Mark Eckman. O incidente ocorreu na cidade de Pleasant Hills e inclui mensagens anti-Católicas e anti-semitas, além de pichações e danos ao patrimônio religioso.
Detalhes do vandalismo na Igreja de Santa Elizabeth de Hungria
Segundo o comunicado divulgado por Dom Eckman, a ação ocorreu no dia 19 de julho e deixou a comunidade católica profundamente abalada. Fotos publicadas pela Diocese mostram uma estátua da Virgem Maria com uma Estrela de David pintada com spray, além de portas marcadas com pichações e parede coberta por palavras ofensivas e uma suástica. A Igreja, um local dedicado à oração e à comunidade, foi violada de forma dolorosa, destacou o bispo.
“Este ato de ódio não atingiu apenas a paróquia, mas toda a família diocesana”, afirmou Dom Eckman, pedindo orações por conforto e paz para os fiéis afetados. As imagens da vandalização também estão disponíveis no site da Diocese.
Repercussões e investigação federal
De acordo com Bradford Arick, porta-voz do escritório do FBI em Pittsburgh, a agência já foi notificada e está conduzindo as investigações. “Estamos cientes do vandalismo e buscando identificar os responsáveis”, afirmou Arick ao CNA na terça-feira.
O episódio ocorre em um contexto de aumento de ataques a locais de culto nos Estados Unidos, especialmente a igrejas católicas, conforme apontou o Religious Research Council em 2024. Especialistas destacam que a crescente hostilidade ao cristianismo reflete uma mudança cultural que se manifesta em ações de violência e intolerância.
Contexto de intolerância e o impacto social
O aumento de atos de vandalismo e agressões contra igrejas tem sido atribuído, em parte, às tensões geradas pela revogação, em 2022, da decisão Roe versus Wade, que permitiu a regulamentação do aborto em âmbito estadual. Muitos episódios violentos foram interpretados por analistas como manifestações de hostilidade e rejeição às manifestações religiosas.
Na semana passada, o ex-senador Marco Rubio, R-Flórida, pediu ao então presidente Joe Biden que tomasse providências para proteger as igrejas de uma crescente onda de ataques. Em março, uma igreja católica em Wichita, Kansas, foi vandalizada, incluindo danos a estátuas e pichações de ódio, sob o olhar atento da administração federal, que prometeu apurar o caso.
Próximos passos e apelo à comunidade
Dom Eckman conclamou os fiéis a se unirem em oração, buscando força e serenidade diante da dor. A Diocese também reforça a importância de denunciar qualquer ato de intolerância e oferecer informações que possam ajudar as autoridades na identificação dos responsáveis.
A investigação do FBI deve continuar enquanto as autoridades trabalham para esclarecer o caso e assegurar que atos de ódio como este não fiquem impunes, refletindo a necessidade de uma cultura de respeito e tolerância religiosa na sociedade.
