O governo brasileiro acredita que a possibilidade de aprovação do acordo comercial com a União Europeia ficou mais forte, diante das políticas protecionistas adotadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Até o momento, o Parlamento Europeu ainda precisa aprovar o texto para que parte da iniciativa entre em vigor.
Resistências na Europa e compromissos ambientais
No entanto, há resistências entre alguns países europeus ao avanço do acordo. Governos como os da França e da Irlanda, que concedem subsídios aos agricultores locais, manifestaram preocupações, especialmente relacionadas a questões ambientais. Em resposta, o Brasil comprometeu-se a incluir um texto que reforça a garantia de que produtos brasileiros não provenientes de áreas desmatadas ilegalmente serão exportados para o bloco europeu.
Tensão comercial e tarifas sobre produtos brasileiros
Além do debate diplomático, o Brasil enfrenta tarifas elevadas sobre suas exportações. Países como China, Canadá, Japão e demais atores internacionais estão sendo alvo de tarifas pesadas. A partir do dia 1º de agosto, uma sobretaxa de 50% deve ser aplicada às exportações brasileiras, dificultando o acesso a mercados globais.
Diálogo com o Parlamento Europeu
Em meio a esse cenário, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, reuniu-se com integrantes da Comissão do Comércio Internacional (Inta) do Parlamento Europeu. Cerca de 30 representantes participaram do encontro, que visa fortalecer as negociações e esclarecer pontos do acordo.
Perspectivas e desafios futuros
O avanço nas negociações depende da aprovação parlamentar na Europa, o que pode impactar as exportações brasileiras e a aproximação entre os blocos econômicos. A estratégia do Brasil busca aproveitar o momento de maior abertura da União Europeia para acordos comerciais, diante das políticas protecionistas de Trump, mas ainda há debates internos sobre os aspectos ambientais e econômicos do tratado.
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