Brasil, 22 de julho de 2025
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Delegado confirma monitoramento de Alexandre de Moraes em depoimento

O delegado da Polícia Federal, Fabio Shor, confirmou no STF que houve monitoramento do ministro Alexandre de Moraes por parte de Marcelo Câmara.

Durante um depoimento como testemunha das defesas de Filipe Martins e Marcelo Câmara, realizado na segunda-feira (21 de julho), o delegado da Polícia Federal (PF), Fabio Shor, abordou a investigação que resultou na acusação de uma suposta trama golpista e de uma rede organizada para um atentado ao Estado Democrático de Direito. Em suas declarações, Shor corroborou as suspeitas que levaram ao indiciamento dos acusados, esclarecendo que as evidências não se baseavam apenas nas informações fornecidas por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Investigação fundamentada em dados concretos

Shor foi questionado pelos advogados de defesa, detalhando a estrutura da investigação. Entre os principais pontos discutidos, o delegado ressaltou que o indiciamento dos acusados se apoiou em dados concretos e não se limitou às delações de colaboradores. Ele expôs que o inquérito revelou um suposto monitoramento do cotidiano e dos deslocamentos do ministro Alexandre de Moraes, evidenciando a participação de Marcelo Câmara em um núcleo de inteligência não oficial.

Monitoramento de Alexandre de Moraes

Em resposta a uma pergunta do advogado de Câmara, Eduardo Kuntz, Shor confirmou que as provas indicam que o acusado atuava na coleta de informações sobre Moraes, repassando essas informações a Mauro Cid. Segundo o delegado, havia uma divisão de responsabilidades nesse núcleo, que era encarregado de monitorar o ministro do STF. Essa atuação estava integrada ao que foi chamado de “Punhal Verde e Amarelo”, um plano elaborado para monitorar e possivelmente arquitetar a execução de autoridades.

“O entendimento da Polícia Federal é que o senhor Marcelo Câmara estava atuando no núcleo que a gente denominou de ‘inteligência paralela’. Esse núcleo repassava ao tenente-coronel Mauro Cid informações relacionadas a deslocamentos do ministro Alexandre Moraes”, afirmou Shor.

O delegado também destacou que Câmara havia sinalizado várias datas em dezembro de 2022 em que Moraes estava sob vigilância. Essa informação levanta preocupações sérias acerca da segurança do ministro e da conspiratória organização envolvida no caso.

Desdobramentos da oitiva e implicações legais

A audiência no STF continua, com a oitiva de outras testemunhas do núcleo 2 e o início dos depoimentos do núcleo 3. As investigações estão sendo minuciosas, levantando questões sobre a integridade do sistema democrático brasileiro. Entre os próximos testemunhos, destacam-se figuras como o ex-comandante do Exército, Freire Gomes, e o ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Carlos de Almeida Baptista Júnior. Todos foram intimados e devem se apresentar nesta sessão.

Esse caso é um marco importante para o entendimento de possíveis ameaças à democracia no Brasil. As revelações do delegado Shor expõem uma trama que, se comprovada, pode ter consequências sérias para os envolvidos e para a confiança pública nas instituições democráticas do país.

O cenário continua se desenrolando, e as evidências apresentadas nas audiências são cruciais para determinar os próximos passos legais e judiciais no processo. A sociedade brasileira observa atentamente, em busca de garantias de que as ações delituosas não mais ameaçarão a ordem democrática.

O depoimento do delegado Fabio Shor reafirma a importância da atuação da Polícia Federal nas investigações que conectam os suspeitos a atos de gravidade contra o Estado, realçando a necessidade de vigilância contínua sobre as atividades e interações daqueles em posições de poder.

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