Brasil, 22 de julho de 2025
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Diocese alemã afirma que alegações de sobreviventes de abuso contra Cardeal Woelki são infundadas e baseadas em falsas suposições

A Arquidiocese de Colônia classificou como “obviamente infundadas” uma denúncia canônica apresentada ao Papa Leo XIV por sobreviventes de abuso na Igreja alemã contra o Cardeal Rainer Maria Woelki, alegando má conduta na gestão dos casos de abuso sexual.

Resposta à denúncia dos sobreviventes

Após a denúncia formal apresentada na sexta-feira pelo Conselho dos Afetados da Conferência Episcopal Alemã, a arquidiocese declarou que as acusações “são obviamente infundadas e se fundamentam, certamente sem intenção, em uma série de falsas suposições e afirmações”.

A denúncia alegava que Woelki teria prejudicado vítimas de abuso ao manejar de forma negligente procedimentos e informações sobre os casos, além de ter induzido em erro os afetados sobre os procedimentos de denúncia.

Reação e argumento da arquidiocese

Em contraponto, a arquidiocese afirmou que as investigações recentes “não visaram esclarecer o procedimento na gestão de denúncias de crimes sexuais, nem a apuração de criminosos ou a solução de casos de abuso”.

O documento acrescenta que, sob a legislação alemã, apenas os tribunais — e não promotores — podem emitir determinações legais vinculantes, e nenhum veredito dessa natureza foi feito contra Woelki até o momento.

A resposta também criticou a credibilidade do conselho de afetados, que declarou ter “perdido toda confiança de que, sob a liderança do Cardeal Woelki, os casos de abuso sejam investigados sem considerar os responsáveis”. Além disso, considerou o comportamento de Woelki “retraumatizante” para as vítimas.

A denúncia havia sido submetida ao Bispo de Trier, Stephan Ackermann, e direcionada ao Papa Leopoldo XIV. A arquidiocese afirmou que Woelki preferiria um diálogo direto e transparente com os autores das acusações.

O papel do conselho de afetados

O “Betroffenenbeirat” atua como órgão consultivo oficial da Igreja na Alemanha, criado em 2019 para integrar vítimas de abuso em suas políticas de enfrentamento ao problema. O conselho é composto por 12 membros ligados direta ou indiretamente a casos de abuso clerical e orienta a Conferência Episcopal alemã em questões de violência sexual, de acordo com seus documentos fundacionais.

Apesar de pedido de diálogo, a Arquidiocese manifestou que o Cardeal Woelki preferiria uma conversa mais aberta com os autores, ao invés de ações por meio de denúncias formais.

Perspectivas e impacto na Igreja

A decisão de rejeitar a denúncia reflete o esforço da arquidiocese de desacreditar as alegações, enquanto enfrenta o desafio de reconquistar a confiança de sobreviventes e da comunidade. A reação oficial visa proteger a imagem do clérigo e evitar possíveis danos reputacionais à diocese.

A situação evidencia ainda o debate sobre transparência e responsabilidade na gestão de casos de abuso sexual na Igreja, tema que continua a gerar grande atenção pública na Alemanha e internacionalmente.

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