A ciência sempre nos instiga a desvendar os mistérios do cosmos, e novas investigações anunciadas por acadêmicos da Universidade de Cornell indicam um possível futuro alarmante para o universo: sua eventual destruição em um processo conhecido como Big Crunch. De acordo com a teoria, a expansão do cosmos poderia reverter e resultar em uma implosão cataclísmica que transformaria o espaço em uma espécie de “furna cósmica do inferno”.
O que é o Big Crunch?
O Big Crunch representa um ponto teórico em que a atração gravitacional prevaleceria sobre a expansão do universo, culminando em uma intensa e explosiva contração. Segundo essa teoria, o espaço e o tempo como conhecemos seriam comprimidos em uma região extremamente quente e densa, em um processo contrário ao Big Bang, o evento que deu origem ao universo há cerca de 13,8 bilhões de anos.
Os cientistas acreditam que essa contração levará a temperaturas que podem alcançar níveis astronômicos, criando um cenário catastrófico em que todo material do universo se concentraria em um único ponto exposto a calor infernal.
Perspectivas de um futuro em colapso
Pesquisadores da Universidade de Cornell preveem que essa transformação cósmica pode começar daqui a aproximadamente 19,5 bilhões de anos. Professor Henry Tye, um cosmólogo proeminente, explica que, considerando a idade atual do universo, isso resulta em uma expectativa de vida total de cerca de 33,3 bilhões de anos.
Além disso, o professor Avi Loeb, outro renomado físico teórico da instituição, descreveu o estado do universo durante esse processo final. Ele observa que, antes mesmo de atingir essas temperaturas extremas, os seres humanos já não estariam presentes, pois, durante os últimos estágios do universo, as condições seriam insuportáveis, e “todos nós que vivemos na Terra teríamos queimado na fornalha desse inferno cósmico”, afirmou Loeb.
Aquecimento extremo
Conforme a previsão, à medida que o Big Crunch se aproxima, a temperatura do universo poderia se aproximar da temperatura da superfície do Sol, transformando o cosmos em um inferno radiante. Os pesquisadores indicam que esse aquecimento gradual levaria eventualmente a um pico chamado de “temperatura de Planck”, considerada a temperatura mais alta em modelos científicos.
Essas observações sobre a energia escura têm gerado preocupação, pois muitos especialistas acreditam que o Big Crunch é o mais provável dos destinos finais do nosso universo. Apesar de ser uma teoria, a narrativa apocalíptica atrai a atenção de muitos cientistas e entusiastas da astronomia, fazendo-os refletir sobre a imensidão do espaço e os possíveis futuros que nos aguardam.
Desafios à sobrevivência
Antes do grande colapso, a Terra enfrentará outra grande calamidade cósmica muito antes, segundo Tye. Em cerca de cinco bilhões de anos, o Sol, em seu ciclo de vida, consumirá seu combustível e começará a se expandir, formando o que os astrônomos chamam de “gigante vermelho”. Esse processo fará com que partes do sistema solar sejam consumidas pelo Sol em crescimento, obrigando a humanidade a migrar para a periferia de seu sistema solar ou além para evitar a catástrofe.
“Temos algumas bilhões de anos para nos preparar para essa viagem”, ressalta Tye, enfatizando que, apesar do longo tempo, a preocupação com o futuro da humanidade continua a ser um tema pertinente para reflexão.
Embora as teorias sobre o futuro catastrófico do universo e a humanidade permaneçam no campo da especulação científica, elas servem como um lembrete da fragilidade da existência e a necessidade de proteção e preservação do nosso lar cósmico.