O ministro Fernando Haddad afirmou nesta segunda-feira (15) que o Ministério da Fazenda está elaborando vários planos de contingência para lidar com o impacto do tarifazo dos Estados Unidos, uma decisão unilateral que afeta a economia brasileira. As medidas incluem possíveis auxílios a setores prejudicados pela alta de tarifas, enquanto o governo busca manter negociações abertas com Washington.
Planos de contingência e apoio a setores afetados
Em entrevista à Rádio CBN, Haddad explicou que o governo trabalha em alternativas tanto para responder às ações americanas quanto para apoiar setores prejudicados. “Um grupo de trabalho vem preparando propostas que poderão ser apresentadas ao presidente Lula nesta semana, incluindo instrumentos de apoio a setores que estejam sendo injustamente afetados”, afirmou. Segundo o ministro, o objetivo é responder às decisões econômicas externas sem comprometer a estabilidade fiscal do país.
“Estamos acompanhando a situação com atenção e prontos para agir de acordo com o que for decidido pelo presidente”, completou Haddad, destacando que o Brasil permanece aberto ao diálogo e às negociações diplomáticas, mesmo diante de uma “situação emergencial” inesperada há menos de 15 dias.
Impacto fiscal e possibilidades de apoio
Questionado sobre o efeito de um eventual socorro econômico no equilíbrio fiscal, o ministro explicou que não há, necessariamente, impacto sobre o gasto primário do governo. “No caso do Rio Grande do Sul, por exemplo, que enfrentou uma crise climática, os investimentos públicos tiveram um perfil diferente, voltados ao apoio às empresas afetadas, sem afetar o gasto primário”, afirmou.
Política econômica e instrumentos de apoio
Haddad explicou que as ações podem incluir diferentes instrumentos de política econômica, como medidas de incentivo às empresas prejudicadas. Ele ressaltou que a decisão final caberá ao gabinete presidencial, que analisará os efeitos das ações dos Estados Unidos e a reação do governo brasileiro diante do cenário mundial atual, marcado por manifestações internacionais em defesa da Justiça brasileira.
Reações e postura do Brasil
O ministro descartou a possibilidade de punições contra empresas americanas instaladas no Brasil, reforçando que “não está nos planos do governo brasileiro retaliar empresas ou cidadãos dos EUA”. “Não podemos pagar na mesma moeda por uma ação considerada injusta, pois isso comprometeria princípios do Estado de Direito e a relação de respeito entre os países”, afirmou.
Haddad destacou ainda que o Brasil busca manter sua dignidade e relações econômicas históricas com empresas americanas, evitando qualquer medida que prejudique os interesses do país ou de seus cidadãos. “A prioridade é preservar a relação com os nossos parceiros comerciais, mesmo em momentos de crise”, concluiu.
Para mais detalhes, acesse a matéria completa no site do Globo.