Brasil, 21 de julho de 2025
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Inglaterra denuncia ataques racistas contra jogadora na Eurocopa

A seleção feminina da Inglaterra se mobiliza contra o racismo após ataques à zagueira Jess Carter nas redes sociais.

No último domingo (20), as jogadoras da seleção feminina da Inglaterra se manifestaram sobre os ataques racistas que a zagueira Jess Carter vem sofrendo nas redes sociais desde o início da Eurocopa feminina. Em uma publicação na rede social X, a conta oficial da seleção registrou a indignação e a necessidade de ações mais eficazes no combate ao racismo no futebol.

A posição da seleção inglesa sobre o racismo

“Até agora, escolhemos nos ajoelhar antes dos jogos. Está claro que nós e o futebol precisamos encontrar outra maneira de combater o racismo”, destacaram as jogadoras em seu comunicado. Com isso, elas anunciaram que, como equipe, decidiram permanecer de pé antes do pontapé inicial na partida de terça-feira contra a Itália, em Genebra, numa clara demonstração de protesto.

O sentimento de injustiça foi expresso no mesmo comunicado, onde as atletas afirmaram: “Não é certo que, enquanto representamos nosso país, algumas de nós sejam tratadas de forma diferente simplesmente por causa da cor da nossa pele.” Essas declarações reforçam a necessidade de um debate mais profundo sobre a discriminação racial no esporte, especialmente em um evento tão relevante quanto a Eurocopa feminina.

O relato de Jess Carter e sua decisão de se afastar das redes sociais

Jess Carter, a atleta alvo dos ataques racistas, usou suas redes sociais para relatar o sofrimento que vem enfrentando. “Desde o início do torneio, sofri muitos ataques racistas. Por isso, vou me afastar das redes sociais para me proteger, em uma tentativa de manter meu foco em ajudar a equipe da forma que puder”, escreveu a jogadora de 27 anos em sua conta no Instagram.

Em sua mensagem, Carter também expressou o desejo de que sua fala abrisse espaço para a reflexão: “Espero que falar abertamente faça as pessoas que escrevem esses insultos pensarem duas vezes, para que outros não tenham que lidar com isso.” Essa atitude corajosa pode contribuir para um ambiente mais seguro, onde as atletas se sintam valorizadas e protegidas.

Reações e apoio da FIFA

A repercussão dos ataques virtuais culminou em uma resposta do presidente da FIFA, Gianni Infantino, que expressou estar “profundamente consternado ao ver os abusos online direcionados à jogadora inglesa”. Ele enfatizou que “não há lugar para o racismo no futebol nem na sociedade”. Sua declaração ressoa a importância de não apenas criticar os comportamentos racistas, mas também promover um ambiente de respeito e dignidade para todos os atletas.

Infantino reforçou o apoio à jogadora e outros atletas que enfrentam abusos: “Estamos ao lado de Jess. Estamos ao lado de cada jogadora e de cada pessoa que tenha sofrido abusos racistas. Nenhuma atleta deve ser discriminada de forma alguma; elas devem ter liberdade para dar o seu melhor em campo.” Assim, a FIFA se compromete a continuar promovendo iniciativas em defesa dos direitos das jogadoras e na luta contra a discriminação.

Medidas e apoio constante da FIFA

A FIFA não está apenas se manifestando, mas também está investindo em soluções para combater o abuso online. O Serviço de Proteção nas Redes Sociais da FIFA tem sido uma ferramenta importante nessa luta, ajudando a monitorar e coibir esses tipos de comportamento. “Continuaremos colaborando e apoiando as confederações, as Associações Membro da FIFA e suas jogadoras”, declarou Infantino.

Ele também mencionou que a FIFA está disposta a oferecer suporte para qualquer ação adicional que se mostre necessária e que compartilhará dados para que as medidas apropriadas sejam tomadas contra os responsáveis pelos abusos. Essa proatividade da FIFA é esperada por muitos, pois é fundamental para garantir que todos os atletas possam desempenhar seu papel sem medo de represálias ou discriminação.

A revolta e a mobilização da seleção inglesa não apenas trazem à tona a urgência de discutir o racismo no esporte, mas também funciona como um alerta sobre a necessidade de um futebol mais inclusivo e respeitoso, onde todas as vozes tenham um espaço válido e seguro.

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