Brasil, 21 de julho de 2025
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STF mantém prisão de hacker Walter Delgatti Neto

O Supremo Tribunal Federal decidiu manter a prisão preventiva do hacker Walter Delgatti, condenado por invasão ao sistema do CNJ.

No último dia 18 de julho, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou a decisão de manter a prisão preventiva do hacker Walter Degatti Neto. Este caso teve grande repercussão devido ao envolvimento de Delgatti em invasões a sistemas digitais, sendo condenado a oito anos de reclusão após a invasão do sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 2023.

Decisão de manter a prisão preventiva

Durante a análise da ação, Moraes destacou a gravidade das condutas que levaram à condenação de Walter, enfatizando que não havia novas evidências que justificassem a modificação da prisão preventiva. “Verifica-se, portanto, que as condutas pelas quais Walter Degatti Neto foi condenado são gravíssimas e ferem com os bens jurídicos tutelados”, ressaltou o ministro.

A decisão de Moraes foi tomada em um contexto intenso, já que Delgatti não é o único envolvido neste caso. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também figura como protagonista, já tendo sido condenada a 10 anos de prisão, mas encontra-se foragida desde então. A condenação de Delgatti e Zambelli foi proferida pela Primeira Turma da Corte em maio deste ano, demonstrando um esforço do Judiciário em enfrentar crimes cibernéticos e suas implicações.

A participação de Carla Zambelli

O papel de Carla Zambelli no esquema de invasão foi destacado na denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que aponta que ela teria liderado a invasão dos sistemas judiciais com o objetivo de manipular informações. As datas da invasão se concentram entre agosto de 2022 e janeiro de 2023, durante o que Delgatti teria executado as ações criminosas.

Detalhes da invasão e suas consequências

  • A Ação Penal 2428 revela que Zambelli e Delgatti invadiram seis sistemas do Poder Judiciário em 13 ocasiões distintas.
  • Durante essas invasões, foram inseridos 16 documentos falsificados, incluindo um mandado de prisão contra o próprio ministro Alexandre de Moraes, o que mostra a audácia e o planejamento dos acusados.
  • A PGR alegou que a intenção era “adulterar dados, prejudicando a administração do Judiciário e criando vantagens políticas para Zambelli”.
  • A dupla enfrenta acusações de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica, ambos negando os crimes.

Segundo a denúncia, Carla Zambelli, ciente das habilidades técnicas de Walter Delgatti, o abordou com a proposta de invadir sistemas relevantes para os interesses públicos em troca de um pagamento que seria formalizado por meio de um contrato de prestação de serviços. Esse aspecto lança uma luz sobre as motivações políticas e éticas por trás da invasão e as implicações que isso pode ter para a imagem do Congresso Nacional.

Implicações e repercussões

A prisão de Walter Delgatti e a busca pela captura de Carla Zambelli sinalizam um esforço do governo e das instituições brasileiras em combater crimes cibernéticos e ações que possam comprometer a integridade do sistema judiciário. Considerando a polarização política atual no Brasil, as manifestações públicas sobre esses casos geram um debate acalorado na sociedade.

A manutenção das penas em casos como estes é crucial para fortalecer a confiança nas instituições e demonstrar que ações criminosas, especialmente aquelas que visam manipular dados e intimidade do sistema judicial, não serão toleradas.

Enquanto isso, o STF dá continuidade a esse processo, ouvindo testemunhas e reunindo evidências que podem esclarecer ainda mais a complexidade dessa trama de crimes digitais e corrupção. A expectativa é que a justiça prevaleça e que tais incidentes sirvam como um alerta sobre a importância da cibersegurança e a proteção dos dados públicos no Brasil.

O casos de Walter Delgatti e Carla Zambelli representam um capítulo em um cenário mais amplo de desafios que o Brasil enfrenta em termos de segurança digital, envolvendo fraudes, invasões e ataques a instituições governamentais. A sociedade espera por respostas rápidas e eficazes para esses crimes, que afetam não apenas a honra e a responsabilidade pública, mas também a segurança de todos os cidadãos brasileiros.

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