Hoje, o Fluminense servirá como palco para a coletiva de imprensa de Jhon Arias, onde o jogador colombiano oficializará sua saída do clube. Ontem, a equipe tricolor confirmou a venda do atleta de 27 anos ao Wolverhampton, da Inglaterra, por um valor que gira em torno de R$ 71 milhões, além de R$ 32 milhões em bônus. Com a saída de seu principal jogador da temporada, a diretoria tricolor agora precisa utilizar essa verba somada à premiação de R$ 331 milhões pela semifinal da Copa do Mundo de Clubes para encontrar uma reposição à altura.
Desafios da diretoria tricolor
Após a derrota recente por 2 a 0 contra o Cruzeiro, Renato Gaúcho, técnico do Fluminense, falou sobre a necessidade de buscar um novo talento para a posição deixada por Arias. “É difícil encontrar outro com o talento dele, mas temos um grupo e, até domingo, vou procurar dar oportunidades para os jogadores para ver quem se adapta melhor”, afirmou. O desafio é localizar um jogador que possa não apenas preencher essa ausência, mas que também traga a mesma qualidade técnica que Arias oferecia em campo.
Apesar das dificuldades financeiras do clube, as recentes arrecadações têm dado um fôlego extra para buscar soluções no mercado. A possibilidade de contratação de um jogador que possa bater o recorde de Canobbio, que custou R$ 37 milhões, está em discussão. Nomes como Marino Hinestroza, do Atlético Nacional, e Facundo Pellistri, do Panathinaikos, estão sendo considerados e avaliados com base em análises de scout.
Alternativas dentro do elenco
Embora a idealização de um substituto que possa assumir o protagonismo na equipe esteja em pauta, Renato também está avaliando as opções disponíveis dentro do próprio elenco. Kevin Serna, que já entrou bem no segundo tempo contra o Cruzeiro, mostrou que pode explorar a ponta direita, uma posição que Arias costumava ocupar. No entanto, as características dele são diferentes, o que pode exigir uma mudança significativa no estilo de jogo do Fluminense, especialmente devido à versatilidade que a camisa 21 proporcionava ao ataque.
Soteldo e formação tática
Ademais, Soteldo se apresenta como uma opção viável para reforçar o elenco na Copa do Mundo de Clubes, mas sua primeira atuação como titular trouxe críticas da torcida devido ao seu desempenho abaixo do esperado. Embora prefira atuar pelo lado esquerdo, o venezuelano também pode se aventurar pelo corredor direito, aumentando a variedade no ataque. No entanto, seu sucesso é fundamental para o ajuste da equipe.
Possibilidade de esquemas alternativos
Com a necessidade de adaptação à nova realidade em campo, o esquema tático que levou o Fluminense a uma campanha memorável nos Estados Unidos – o 3-5-2 – poderá ser reativado por Renato. Com Ganso enfrentando um período menos produtivo na criação, a estratégia incluiria uma sólida trinca de volantes no meio-campo. Além disso, com a regularização de John Kennedy a tempo para o clássico contra o Flamengo, o jogador se torna uma opção versátil em função, podendo atuar tanto como centroavante quanto como segundo atacante.
A saída de Jhon Arias representa um momento desafiador para o Fluminense, mas a combinação de investimentos na equipe e a adaptação dos jogadores atuais pode abrir novas possibilidades no decorrer da temporada. O tempo se esgota e a busca por uma reposição que mantenha a qualidade da equipe é uma missão que deve ser cumprida com inteligência e estratégia.
Com a evolução do mercado e as movimentações em torno do time, os torcedores do Fluminense aguardam ansiosos por um novo protagonista que possa brilhar em campo e honrar a camisa tricolor.