Brasil, 18 de julho de 2025
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Justiça para Raiane: mãe de jovem morta em Jaboticabal clama por justiça

A mãe da jovem Raiane dos Santos, morta sob suspeita de feminicídio, pede justiça após relatar violência doméstica pelo companheiro.

A morte de Raiane dos Santos, de 21 anos, em Jaboticabal, SP, chocou a comunidade local e levantou um debate urgente sobre a violência doméstica no Brasil. A mãe da jovem, Viviane dos Santos Oliveira, revelou que Raiane estava em um relacionamento abusivo com Eudes Caires Novais, de 35 anos, que agora é réu no caso, acusado de feminicídio.

Histórico de violência doméstica

Viviane contou que a filha tinha sofrido agressões constantes por parte do marido. “Ele batia nela grávida, com a criança no colo, a espancava 24 horas. E ela, com 21 anos, sem cabeça, sofria na mão dele”, desabafou a mãe. O relato é doloroso e expõe a dura realidade de muitas mulheres que vivem sob o domínio de parceiros agressivos. A situação se agravou com as agressões que também foram dirigidas à própria mãe. “Uma vez, ele quase me matou com um facão”, afirmou Viviane, ilustrando a gravidade do ambiente familiar.

O trágico desfecho

Raiane foi encontrada em casa, inconsciente e com diversos hematomas, na noite de quarta-feira, 16 de julho. Apesar de ser socorrida de imediato e levada a uma unidade de saúde, a jovem não sobreviveu aos ferimentos e faleceu na manhã do dia 17. O marido, Eudes, foi preso em flagrante, mas não antes de apresentar uma versão confusa e contraditória dos acontecimentos. Ele alegou que Raiane havia sido envenenada, mas sua declaração não convenceu a polícia.

Investigação em andamento

A delegada responsável pelo caso, Giovanna Scudelari, confirmou em coletiva de imprensa que Raiane apresentava sinais evidentes de agressão. “Recebemos fotos que indicam uma agressão e, sim, ela estava agredida”, disse. Os médicos que atenderam Raiane relataram lesões sérias, incluindo afundamento craniano e traumas na face e maxilar, consistentes com violência extrema.

O corpo de Raiane passará por exames necroscópicos para determinar a causa exata da morte, mas a possibilidade de que o envenenamento tenha ocorrido foi considerada improvável pela delegada. “O exame vai verificar se houve presença de substâncias químicas que possam ter contribuído para o falecimento”, esclareceu.

Impacto na infância e agravantes legais

Um fator que pode complicar ainda mais a situação de Eudes é a presença de uma criança de dois anos, fruto do relacionamento com Raiane, no momento do crime. A delegada destacou que a presença do filho menor pode ser uma agravante no caso, pois o feminicídio é um crime qualificado que, quando associado à presença de crianças, pode resultar em penas mais severas.

A situação da criança levantou a preocupação das autoridades locais, que já estão tomando medidas para garantir sua segurança, colocando-a sob os cuidados do Conselho Tutelar. O impacto emocional e psicológico que essa tragédia trará ao pequeno é um aspecto que não pode ser ignorado.

Clamor por justiça

Inconformada com a morte da filha, Viviane continua a pedir justiça. “Eu quero justiça sim. Que Deus venha fazer a justiça tremendamente. Porque minha filha não merecia isso. O meu neto está precisando dela”, afirmou, ressaltando a dor e a perda irremediável que está enfrentando.

Esse caso é um lembrete sombrio sobre a violência que muitas mulheres enfrentam diariamente no Brasil. É essencial que a sociedade e as instituições se mobilizem para proteger as vítimas e punir os agressores, além de garantir que histórias como a de Raiane não se repitam.

O caso ainda está sob investigação, e a expectativa é de que a verdade seja revelada e que a justiça seja feita em nome de Raiane dos Santos e de tantas outras vítimas de violência doméstica.

Para saber mais sobre este e outros episódios da realidade brasileira, siga o canal g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp. O apoio às vítimas é uma responsabilidade coletiva, e a luta pela justiça deve ser constante.

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