Brasil, 18 de julho de 2025
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15 momentos de “Andor” temporada 2 que refletem o fascismo nos EUA

A segunda temporada de “Andor” não poupou críticas ao autoritarismo e fascismo, trazendo reflexões que se encaixam na situação política atual dos Estados Unidos. Aqui estão 15 momentos da série que remetem ao crescimento de uma sombra fascista no país, com sinais de perigo que continuam a se desenrolar no nosso cotidiano.

Discurso de Mon Mothma e o genocídio

O discurso apaixonado de Mon Mothma sobre o genocídio faz uma forte analogia com os crimes atuais na Palestina, onde a violência e o extermino de grupos são temas de altíssima relevância mundial. A reação negativa ao termo “genocídio” na série, com pessoas vaiando e zombando, espelha a dificuldade de rotular oficialmente esses crimes na política real, como relatado em relatório da ONU. Este fato lembra o incidente na cerimônia de formatura do MIT, onde uma fala contra Israel foi rechaçada com vaias.

A manipulação da realidade e o controle da narrativa

Um ponto-chave é quando Mon afirma que a perda da objetividade e a morte da verdade representam a vitória do mal. Nos últimos anos, o fenômeno de desinformação alimentada por discursos de ódio e teorias conspiratórias, sobretudo no âmbito da extrema-direita, tem destruído a factualidade, como detalhado em matéria da CNN. Na série, uma funcionária imperial interrompe uma transmissão para esconder a verdade, uma tática comum em regimes autoritários.

A imprensa como braço do regime

Os canais de comunicação alinhados ao governo, que funcionam quase como órgãos de propaganda, reforçam a narrativa oficial e abafam críticas. A recente exclusão de repórteres do pool de notícias na Casa Branca, relatada por AP News, é um exemplo de como a liberdade de imprensa é ameaçada nos EUA, maneira semelhante ao controle de informações em “Andor”.

Desigualdade entre poderosos e o povo

Um contraste evidente na temporada é a vida dos políticos ricos versus os cidadãos comuns. Cena que mostra as festas da elite enquanto o povo sofre na luta diária reflete a disparidade de classe no país. Mesmo políticos que dizem lutar pelo povo, muitas vezes, permanecem insensíveis às dificuldades da maioria, reforçando a ideia de uma elite distante, como discutido em análises sobre a desigualdade social.

Rebeldes e extremismo

Outra cena marcante é a fala de Saw Guerrera: “Revolução não é para os sãos”. Sua violência extrema e radicalização se assemelham a movimentos de resistência considerados perigosos pelos regimes, como os movimentos civis historicamente rotulados de “extremistas” ou “loucos”. A comparação feita por George Lucas entre os rebeldes e o Viet Cong reforça essa narrativa complexa, que questiona até que ponto a luta legítima se torna perigosa.

Traição e omissão de políticos

Mon Mothma enfrenta políticos que preferem apoiar o sistema e se ausentar das opiniões contrárias ao status quo, reflexo da omissão de líderes que não querem arriscar suas carreiras. Muitos brasileiros podem enxergar paralelos na relutância de seus representantes em desafiar interesses estabelecidos, mantendo as populações ignoradas em momentos de crise.

Crimes de guerra e desigualdade internacional

O episódio do colapso de Ghorman, com uma massacre silenciado internacionalmente, lembra as diferenças na cobertura dos conflitos na Ucrânia e Palestina. As elites tendem a dar mais atenção ao que ocorre em países de maior status social, reforçando a elitização do sofrimento, como discute o artigo “Ucrânia versus Palestina”.

Manipulação da violência e perseguição aos imigrantes

As ações do regime imperial para caçar imigrantes, incluindo violência sexual e detenções arbitrárias, são uma metáfora da repressão ocorrida na atual política migratória dos EUA, com uso de deportações e centros de detenção similares a campos de concentração, como discutido em reportagem de MSNBC.

A propaganda e o controle da opinião pública

“Nada a ver aqui”, refletindo o trabalho de mídia funcionária de regimes autoritários, indica como a desinformação é usada para manipular opiniões. O banimento de jornalistas do pool de notícias na Casa Branca evidencia o risco de a mídia se transformar em um braço do poder, uma realidade que “Andor” retrata com precisão.

Fascismo cotidiano e repressão

Escenas de policiais e soldados invadindo locais públicos e intimidando cidadãos também parecem uma previsão do que se vê na atualidade com a presença de forças armadas em protestos nos EUA. A estratégia de medo e repressão é uma tática antiga, mas ainda vigente.

Símbolos de autoritarismo na formação do personagem Cyril Karn

O personagem Cyril representa quem busca segurança na ordem, mesmo que por meios autoritários. As palavras do showrunner Tony Gilroy explicam bem essa busca por controle e estabilidade, um sentimento com o qual muitos podem se identificar, mesmo que os métodos sejam questionáveis.

O apelo final de Ghorman e o silêncio internacional

O pedido desesperado de ajuda de um morador de Ghorman simboliza a negligência global com povos marginalizados. Essa mesma indiferença é vista em conflitos onde interesses políticos e econômicos pesam mais do que vidas humanas, descrevendo um cenário de injustiça global.

O autoritarismo que se autodestrói

Ao longo da temporada, vemos como regimes autoritários se traiem e se eliminam, seja por repressão interna ou por discordâncias internas. A alta rotatividade no governo Trump, com 92% de mudanças em seu staff, reforça essa ideia de instabilidade e caos dentro do poder, similar à queda de oficiais imperialistas no seriado.

O que chegou até aqui mostra que os sinais de fascismo e autoritarismo estão mais presentes na nossa política do que gostaríamos de admitir. Como você enxerga a relação entre a ficção de “Andor” e o momento atual do Brasil e do mundo? Compartilhe sua opinião nos comentários!

Assista “Andor” na Disney+ e reflita sobre os perigos de regimes autoritários, presentes tanto na ficção quanto na nossa realidade.

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