Na semana passada, o presidente Donald Trump, de 79 anos, foi diagnosticado com insuficiência venosa crônica após notar inchaço nas pernas, segundo anúncio do Gabinete da Casa Branca. Após uma avaliação por ultrassom, foi constatado que ele não apresenta complicações mais graves, como trombose profunda, e exames cardíacos indicaram funcionamento normal do coração.
O que é insuficiência venosa crônica?
A insuficiência venosa crônica (IVC) afeta mais de 25 milhões de adultos nos Estados Unidos e ocorre quando as válvulas das veias das pernas não funcionam adequadamente, fazendo com que o sangue se acumule e exerça pressão aumentada sobre as paredes vasculares. Segundo o especialista Dr. Ali Azizzadeh, professor de cirurgia vascular do Cedars-Sinai Medical Center, essa condição faz com que o sangue vá atrás do coração, gerando inchaço, principalmente nos tornozelos e pés.
Como ela se manifesta e quais os fatores de risco?
Normalmente, a insuficiência venosa afeta ambas as pernas, embora possa ocorrer em apenas uma. Os fatores de risco incluem envelhecimento, histórico familiar, obesidade, episódios de coágulos sanguíneos nas pernas e ficar em pé por longos períodos. De acordo com o cardiologista Dr. John Higgins, mulheres apresentaram maior incidência, especialmente por causa de gravidez e dos efeitos hormonais de estrogênio e progesterona nas válvulas venosas.
Sintomas comuns
Além do inchaço visível, a condição também pode causar sensação de peso, cãibras, manchas na pele e, em alguns casos, feridas que não cicatrizam. Quando não tratada, a insuficiência venosa pode evoluir para complicações mais sérias, como úlceras venosas.
Tratamentos disponíveis
O tratamento da insuficiência venosa inclui mudanças no estilo de vida, como elevar as pernas, uso de meias de compressão e medicamentos específicos. Em casos mais avançados, procedimentos cirúrgicos ou minimally invasivos, como a escleroterapia ou a ablação por laser, podem ser indicados para restaurar a circulação sanguínea.
Perspectivas futuras
Especialistas afirmam que o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado são essenciais para evitar complicações. Com os avanços tecnológicos e tratamentos menos invasivos, o controle da insuficiência venosa pode melhorar significativamente a qualidade de vida dos pacientes, incluindo figuras públicas como Trump.
Segundo o Dr. Azizzadeh, é importante que mais pessoas fiquem atentas aos sinais da doença e procurem avaliação médica ao perceber sintomas iniciais, para garantir um tratamento eficaz e evitar o agravamento da condição.
