Brasil, 18 de julho de 2025
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Condenado por atentado no aeroporto de Brasília está foragido

George Washington de Oliveira Sousa, planejador de atentado, é considerado foragido depois de condenação pelo TJDFT.

George Washington de Oliveira Sousa, condenado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT) por planejar um atentado à bomba no aeroporto de Brasília em dezembro de 2022, é considerado foragido, conforme despacho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Washington enfrenta uma série de acusações graves, incluindo associação criminosa armada e golpe de Estado, resultando em uma situação complexa nas investigações que envolvem a segurança pública do país.

A condenação e os crimes

Em maio de 2023, George Washington foi condenado a nove anos de prisão por crimes que incluíam “expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outro”, além de “causar incêndio em combustível ou inflamável”. Ele ainda foi penalizado por porte ilegal de arma de fogo e artefato explosivo. Apesar de cumprir pena em regime aberto desde fevereiro de 2024, sua situação legal se deteriorou drasticamente após novas denúncias.

A Procuradoria-Geral da República (PGR), após uma análise aprofundada dos fatos, apresentou novas acusações contra Washington, que agora também estão ligadas a eventos perturbadores, como tentativas de invasão a sedes da Polícia Federal e atos terroristas culminados em 8 de janeiro de 2022. O plano de atentado em dezembro de 2022 era um esforço para semear o caos social e justificar um estado de exceção no Brasil.

Detalhes das investigações

As investigações revelaram que Washington transportou uma quantidade significativa de armamentos e explosivos do Pará para Brasília. Esses itens incluíam dinamite, munições e acessórios que estavam destinados a serem utilizados em um ataque. Segundo relatos do juiz Osvaldo Tovani, George Washington tinha a intenção de distribuir essas armas a outros indivíduos dispostos a colaborar com seus planos de desestabilização social, que, segundo sua retórica, visavam combater o que ele chamava de comunismo.

O plano do atentado

O plano do atentado em questão passou a ser esboçado após encontros na frente do Quartel-General do Exército durante manifestações contra os resultados das eleições presidenciais. Washington, junto a Alan Diego dos Santos e Wellington Macedo de Soares, buscou criar um cenário de caos em Brasília. A ideia era detonar uma bomba em um caminhão-tanque próximo ao aeroporto, o que, segundo eles, poderia desencadear um estado de sítio e justificação para uma intervenção militar.

Depois de receber o controle remoto e os acionadores para as bombas, Washington posicionou os dispositivos no eixo traseiro do caminhão-tanque. O plano falhou quando o motorista do caminhão percebeu a presença dos explosivos, retirando-os antes que qualquer detonação fosse realizada. O fracasso do atentado não impediu que as autoridades iniciassem uma investigação intensa, culminando na decretação da prisão preventiva de Washington em 24 de junho de 2024, quando ele já estava foragido.

Medidas Judiciais e os Desdobramentos Futuros

O despacho do ministro Moraes indica a importância do processo legal em curso. Com a declaração de que Washington está em “local incerto e não sabido”, a justiça medidas unilaterais foram tomadas para garantir que ele seja notificado sobre as novas denúncias por meio de edital. Essa decisão reflete a seriedade com que o tribunal encara os crimes apresentados e a necessidade de evitar a elisão da justiça.

A situação de George Washington é um reflexo não apenas das tensões sociais atuais no Brasil, mas também das falhas na segurança pública que permitem que indivíduos planejem e executem ações de violência extrema. As investigações ainda estão em andamento, e a colaboração entre diferentes órgãos, como o Ministério Público e a Justiça, é crucial para enfrentar este tipo de criminalidade, que representa uma ameaça grave ao Estado Democrático de Direito.

Ao passo que os desdobramentos se desenrolam, a expectativa é que os responsáveis pelo planejamento e execução de atentados sejam julgados com rigor, reforçando a necessidade de uma resposta firme contra atos terroristas no Brasil.

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