Brasil, 17 de julho de 2025
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Estados Unidos realiza exercício militar para defender o Canal do Panamá

Exercício PANAMAX-Alpha busca fortalecer segurança do Canal do Panamá e responder à crescente presença da China na região.

A recente realização do exercício militar intitulado PANAMAX-Alpha, entre os Estados Unidos e o Panamá, destaca as intenções do governo norte-americano em reforçar a segurança do Canal do Panamá. Com datas entre 13 e 18 de julho, o treinamento foi promovido em meio a crescentes preocupações sobre a influência da China na América Central e nos interesses estratégicos da região.

O contexto do exercício militar

Conforme indicado pelo Serviço Nacional Aeronaval do Panamá, este exercício visa “reforçar a preparação para ameaças à segurança do Canal do Panamá e outras infraestruturas estratégicas”. O exercício contou com a participação da Joint Task Force-Bravo do Comando Sul dos EUA, que mobilizou três helicópteros — dois UH-60 Black Hawk e um CH-47 Chinook — para as operações, realizadas em três bases aéreas no Panamá.

Preocupações geopolíticas

O Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, expressou preocupações significativas sobre a expansão da presença militar e econômica da China no Hemisfério Ocidental, região tradicionalmente considerada como o quintal dos EUA, englobando a América Central, América do Sul e o Caribe. As afirmações de Hegseth são reflexo da postura adotada por líderes do governo anterior dos EUA, que viam a crescente influência chinesa como uma ameaça à segurança regional.

Esse foco no Panamá é particularmente importante, uma vez que o canal é uma via crucial para o comércio global. Desde a sua construção pelos EUA, o Canal do Panamá foi transferido para o controle do Panamá em 1999; no entanto, especulações persistem sobre o papel da China nas operações do canal, impulsionando a necessidade de uma presença militar americana mais forte na região.

A importância do Canal do Panamá

O Canal do Panamá liga os oceanos Atlântico e Pacífico e desempenha um papel vital no comércio internacional. Recentemente, o ex-presidente Donald Trump sugeriu que a China “opera” o canal, provocando alarmes e esforços por parte do governo dos EUA para reafirmar seu controle e influência sobre a área. Em resposta a uma pressão crescente, uma empresa de Hong Kong concordou em vender sua participação nos portos do canal a um consórcio liderado por americanos, o que foi considerado uma vitória significativa na administração Trump.

Operações realizadas no exercício

No exercício PANAMAX-Alpha, foram realizadas várias operações de inserção e extração, incluindo operações de embarque e desembarque, inserção por corda rápida e comunicação em plataformas marítimas. Segundo o Serviço Nacional Aeronaval do Panamá, todas as atividades foram realizadas com “pleno respeito à soberania nacional”, um aspecto que é sempre enfatizado em tais colaborações militares.

Na divulgação de fotos do exercício, soldados panamenhos podem ser vistos participando das atividades, ressaltando a importância das operações multinacionais focadas na defesa do Canal do Panamá. A Joint Task Force-Bravo foi criada com o propósito de intensificar a segurança na América Central e proteger os interesses nacionais dos EUA em uma área de grande importância geopolítica.

Repercussões e próximas etapas

Além do evento em questão, os soldados do Exército dos EUA, da 25ª Divisão de Infantaria, chegaram ao Panamá para aprimorar os esforços de segurança conjunta entre os dois países, incluindo a realização de pesquisas de locais para possíveis futuras formações. Essas iniciativas são vistas como parte de um esforço mais amplo para fortalecer laços e capacidades militares na região.

As autoridades militares estadunidenses indicam que o objetivo é expandir a presença militar e a cooperação em resposta a desafios compartilhados, como a criminalidade transfronteiriça. O Secretário Hegseth comentou na Conferência de Segurança da América Central de 2025 que “aumentaremos o treinamento militar, a educação militar e a troca de experiências, realizando exercícios conjuntos mais robustos para deter ameaças e aproveitar oportunidades para reforçar nossa defesa compartilhada”.

Com a implementação de operações como a missão de saúde realizada pelo navio-hospital USNS Comfort, que está em curso na região, resta observar como o governo dos EUA irá continuar a expandir sua influência e presença militar na América Central e do Sul nos próximos anos.

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