Brasil, 17 de julho de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

STF mantém aumento do IOF, exceto risco sacado

Ministro Alexandre de Moraes decide manter o aumento do IOF na maior parte das operações financeiras, excluindo risco sacado

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu ontem manter a maioria das mudanças no decreto que elevou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão revogou apenas a cobrança nas operações de risco sacado, comum no varejo, mantendo o aumento para outras operações financeiras.

Decisão parcial do STF sobre o IOF

Após recuo parcial do governo, Moraes manteve o decreto original que aumentou as alíquotas do IOF e criou incidência sobre aplicações de VGBL, um tipo de plano de previdência privada. A suspensão das operações de risco sacado foi a única alteração clara na sentença. A decisão ainda será referendada pelo plenário do STF.

Alterações nas alíquotas do IOF

Segundo a nova configuração, as operações com cartões internacionais, remessas ao exterior para gastos pessoais e compra de moeda estrangeira em espécie continuam com alíquota de 3,5%. Já operações de crédito para empresas e microempreendedores individuais (MEI) possuem alíquotas bem menores, de aproximadamente 0,38% mais taxas diárias.

Para operações de risco sacado, que representam antecipação de pagamento a fornecedores por bancos, Moraes decidiu que não haverá incidência do IOF. “A exclusão da cobrança nessas operações visa evitar aumento de custos para o setor varejista”, explicou o ministro.

Contexto do aumento do IOF e reações ao recuo

A alta do imposto, inicialmente anunciada em 22 de maio, previa arrecadação de R$ 61 bilhões em dois anos, sendo R$ 20 bilhões em 2025. A medida provocou forte reação do Congresso e do setor empresarial, que pressionaram por mudanças e obtiveram um recuo parcial do governo, com a publicação de um novo decreto em 11 de junho.

No entanto, o Congresso vetou aquela versão e levou a questão ao STF. Moraes, relator de ações relacionadas, optou por manter o decreto original, que elevou as alíquotas do IOF para diversas operações financeiras, inclusive aplicações em VGBL.

Implicações para operações financeiras e negócios

O reajuste no IOF impacta principalmente operações como cartão internacional, remessas ao exterior para gastos pessoais e investimentos. Por outro lado, operações de risco sacado, comum na cadeia varejista, tiveram a incidência do imposto retirada da regra, evitando aumento de custos para o setor.

Especialistas avaliam que a decisão mantém o objetivo do governo de arrecadação, mas permite que o setor varejista continue com operações de antecipação de pagamento sem encargos adicionais. Ainda não há previsão de nova votação pelo plenário do STF.

Perspectivas futuras e próximos passos

Ainda aguardando confirmação do STF, a decisão deve influenciar o planejamento financeiro de empresas e consumidores. A expectativa é que o governo reavalie a arrecadação e as alíquotas ao longo dos próximos meses, ajustando políticas fiscais conforme a recessão ou crescimento econômico.

Para mais detalhes sobre a decisão e as mudanças nas operações de IOF, consulte esta reportagem do Globo.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes