Brasil, 17 de julho de 2025
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Novos suspeitos são presos em caso de assassinato de casal em SP

Polícia Civil faz novas prisões no caso do assassinato do casal de Araraquara, motivado por interesse no patrimônio das vítimas.

No mês de julho de 2025, a Polícia Civil de Piracicaba (SP) anunciou a prisão de mais dois suspeitos envolvidos no brutal assassinato do casal de empresários José Eduardo Ometto Pavan, de 69 anos, e Rosana Ferrari, de 61 anos. O crime, que chocou a região, ocorreu em abril do ano anterior, em São Pedro (SP), e evidenciou um intricado esquema de interesse patrimonial, envolvendo advogados e executores contratados.

Contexto do crime e investigações

O assassinato do casal teve como pano de fundo o envolvimento dos advogados Hércules Praça Barroso e Fernanda Morales Teixeira Barroso, que foram presos em junho sob suspeita de serem os mandantes do crime. De acordo com as investigações, o crime foi motivado pelo interesse no patrimônio considerável das vítimas, que não tinham herdeiros e possuíam bens avaliados em aproximadamente R$ 12 milhões.

Os corpos de Pavan e Ferrari foram encontrados em um veículo a cerca de 48 horas após o crime, com marcas de tiros e mãos amarradas, o que demonstra a brutalidade do ato. Os novos suspeitos, de 60 e 39 anos, teriam participado da execução, com um deles sendo identificado como o executor material do crime e cunhado de um dos advogados presos anteriormente.

Detalhes sobre os mandantes e suas motivações

Os advogados, que tinham estreita relação com as vítimas desde 2013, foram inicialmente contratados para defender o casal em questões relacionadas a uma transação imobiliária complexa. No entanto, ao longo dos anos, a situação se deteriorou, e os advogados passaram a explorar as vulnerabilidades de Pavan e Ferrari, levando a apropriações indevidas de patrimônios e valores, incluindo a falsificação de documentos.

Relatos da Polícia Civil indicam que, durante este período, os advogados se apropriavam de valores que somavam R$ 2,8 milhões de forma fraudulenta, através de custos processuais fictícios e a manipulação de bens. A relação entre os envolvidos tornou-se cada vez mais desgastante, até culminar no trágico desfecho.

Prisões e desdobramentos do caso

Com a prisão dos dois novos suspeitos, a Polícia Civil já contabiliza quatro pessoas detidas por envolvimento no crime, com investigações em andamento para identificar outros possíveis envolvidos. Os dois homens, identificados como executores e que têm conexões diretas com o cenário do assassinato, foram detidos após mandados de busca e apreensão em São Carlos (SP).

A prisão temporária dos suspeitos foi decretada por 30 dias, enquanto as investigações seguem. A polícia ainda está analisando o material coletado, com foco em estabelecer conexões mais amplas entre os mandantes e os executores. O estado em que os corpos foram encontrados e a ligação dos advogados com a propriedade em questão são elementos que a polícia continua a explorar.

Implicações jurídicas e a defesa dos acusados

Os acusados respondem por múltiplos crimes, incluindo homicídio qualificado, associação criminosa, estelionato, falsidade ideológica, uso de documento falso e ocultação de cadáver. A defesa dos advogados já indicou intenção de contestar a validade da prisão com um pedido de habeas corpus, o que poderá impactar o andamento do processo.

Com as investigações em um estágio ainda inicial, resta saber não apenas o destino do patrimônio das vítimas, mas também como as provas irão se alinhar contra os acusados. Questões sobre a verdadeira extensão do envolvimento de outros possíveis cúmplices ainda permanecem sem resposta.

A repercussão do caso na sociedade

Este caso de assassinato não apenas chocou os moradores da região, mas também levantou questões sobre ética e responsabilidade por parte de profissionais da advocacia. A confiança da população nas instituições é testada a cada desdobrar dos eventos, e a repercussão negativa pode trazer à tona discussões sobre regulamentações e condutas na profissão.

Com a atenção da mídia voltada para o caso, espera-se que justiça seja feita. A comunidade aguarda ansiosamente por mais clareza sobre os desdobramentos e a possível recuperação do patrimônnio das vítimas, que se tornou o epicentro das disputas e fraudes.

A medida que novos detalhes surgem, é crucial que o acompanhamento do caso seja feito com rigor e responsabilidade, para que a verdade prevaleça e aqueles que se beneficiassem do crime sejam responsabilizados.

O caso ainda está em aberto, e a sociedade acompanhará de perto os passos da justiça, que espera trazer não apenas respostas para a dor da perda, mas também a reparação necessária para evitar que crimes dessa natureza voltem a ocorrer.

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