Brasil, 19 de julho de 2025
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Abortos na Irlanda crescem 280% desde 2018, mostram dados oficiais

Número de aborto em 2024 atinge recorde desde a mudança na lei, elevando preocupações sobre promessas eleitorais

De acordo com dados do Departamento de Saúde da Irlanda, a quantidade de abortos realizados em 2024 atingiu 10.852, o maior número desde a alteração da legislação em 2019. A cifra representa um aumento de 280% em relação a 2018, ano anterior à reforma legal e quando ocorreram 2.879 abortos.

Impacto da mudança na legislação sobre os abortos na Irlanda

Durante o plebiscito de 2018, líderes pró-vida alertaram que a ampliação do acesso ao aborto resultaria em uma elevação drástica nas taxas. A porta-voz da campanha pró-vida, Eilís Mulroy, afirmou que os números de 2024 contrariam promessas feitas por políticos na época, que garantiram que o número de abortos seria “raro” e “muito controlado”.

Mulroy destacou que o aumento de quase três vezes na quantidade de abortos desde a alteração na lei reforça a tendência de crescimento que especialistas haviam previsto. “Estamos quase alcançando a proporção de 1 em 6 vidas de crianças abortadas. Na semana passada, a Grã-Bretanha divulgou números quase chegando a 1 em 3, o que mostra que, uma vez legalizado, o aborto tende a crescer ao longo do tempo”, comentou.

Debates e promessas na época do referendo de 2018

Na época do referendo, líderes políticos, como Leo Varadkar, então primeiro-ministro, defendiam a reforma com a promessa de que o aborto seria “seguro, legal e raro”. No entanto, especialistas questionam se essa promessa foi fundamentada em uma compreensão realista dos efeitos da mudança na legislação. Segundo o analista David Quinn, do Iona Institute, a narrativa foi manipulada para convencer os eleitores a votarem a favor, omitindo informações sobre os números reais de abortos previstos.

“Se eles tivessem previsto que mais de 11 mil bebês seriam abortados em um ano, ou que 1 em 6 crianças na gravidez iria terminar dessa forma, teriam pensado duas vezes”, afirmou Quinn. “A maior parte dos abortos ocorre antes de 12 semanas, e a maioria dos que foram realizados até agora eram de filhos saudáveis de mulheres saudáveis, o que pouco foi discutido na campanha de 2018”, acrescentou.

Responsabilidade das autoridades e esperança para o futuro

As organizações pró-vida têm solicitado uma reunião com a ministra da Saúde, Jennifer Carroll MacNeill, para discutir os números alarmantes e as implicações da legislação. Mulroy reforça que a imprensa e o público precisam estar mais informados sobre o impacto real da legislação, que tem sido tratado com silêncio por parte de parte da mídia e do debate público.

Apesar do crescimento expressivo, Mulroy vê sinais de esperança na coalizão de governo atual, que inclui parlamentares favoráveis à causa pró-vida. Ela acredita que poderá ocorrer uma evolução nas políticas, principalmente na oferta de informações às mulheres em situação de gravidez inesperada, garantindo que tenham acesso a todas as possibilidades de apoio.

Conclusões e desafios futuros

Para Quinn, o principal desafio é ampliar o diálogo sobre os efeitos reais das mudanças na legislação de aborto na Irlanda. Ele alerta que o tema ainda sofre de um “conspiratório silêncio”, dificultando uma discussão aberta sobre os números e as promessas feitas na campanha de 2018. A contínua transparência e o debate detalhado poderão influenciar eventuais ajustes nas políticas de saúde do país.

Mais informações sobre o aumento nos números de aborto na Irlanda podem ser acessadas na fonte oficial: ir al vínculo externo.

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