O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira (16) que a Coca-Cola concordou em utilizar açúcar de cana de verdade em seus refrigerantes no mercado americano. A declaração foi feita por Trump em uma postagem na plataforma Truth Social, onde comentou sobre negociações recentes com a empresa.
Mudança no uso do açúcar de cana na Coca-Cola
De acordo com Trump, a Coca-Cola estaria passando a substituir o xarope de milho de alta frutose, amplamente utilizado atualmente, por açúcar de cana verdadeiro. “Tenho conversado com a Coca-Cola sobre o uso de AÇÚCAR DE CANA DE VERDADE na Coca nos Estados Unidos, e eles concordaram em fazê-lo”, escreveu o ex-presidente. “Gostaria de agradecer a todos os responsáveis na Coca-Cola”, completou.
Atualmente, a versão original da Coca-Cola nos EUA contém xarope de milho de alta frutose, que é mais barato e mais doce do que o açúcar convencional. Apesar disso, a empresa já comercializa uma versão mexicana do refrigerante, que utiliza açúcar de cana.
Contexto do mercado e reações do setor
Segundo o Departamento de Agricultura dos EUA, a produção de açúcar de cana na safra 2025-2026 deve representar cerca de 30% do total de açúcar consumido no país. O restante vem da beterraba açucareira e de importações, especialmente do México, país que é um importante fornecedor para o mercado americano.
O movimento de Trump teve impacto imediato nas ações de empresas do setor. As ações da fabricante de xarope de milho, Archer-Daniels-Midland, tiveram queda superior a 7% nas negociações estendidas em Nova York, enquanto as ações da Coca-Cola permaneceram praticamente estáveis.
Reação da Coca-Cola e sustentabilidade da mudança
A Coca-Cola ainda não respondeu oficialmente às declarações de Trump, mas a empresa já comercializa uma versão com açúcar de cana no México. A mudança na fórmula nos EUA pode refletir uma estratégia para atender à demanda por produtos considerados mais naturais e saudáveis.
Especialistas de mercado avaliam que a adoção de açúcar de cana pode fortalecer a imagem da Coca-Cola entre consumidores preocupados com a saúde. No entanto, o impacto na saúde pública ainda é discutido, especialmente devido ao uso contínuo de adoçantes artificiais por parte de Trump, como o aspartame, que ele costuma consumir na versão Diet Coke.
Perspectivas futuras
Se confirmada, a iniciativa da Coca-Cola pode alterar significativamente o perfil de ingredientes do refrigerante nos EUA, influenciando concorrentes e o mercado de bebidas industrializadas. A mudança também reforça o debate sobre os efeitos do consumo de açúcar e adoçantes artificiais na saúde dos americanos.
Fonte: O Globo.