Um incidente preocupante ocorreu em uma escola do Distrito Federal, onde uma menina de apenas seis anos afirmou ter ingerido álcool de limpeza durante as aulas. O episódio atraiu a atenção do pediatra Ricardo Fonseca, que explicou à reportagem do g1 os riscos e os sintomas associados à ingestão de álcool por crianças e como agir em situações semelhantes.
O caso da menina e suas consequências
A mãe da criança relatou que, ao voltar para casa, a menina estava “desorientada”, apresentando comportamentos de debilidade e relatando mal-estar. A menina precisou ser hospitalizada, evidenciando a gravidade da situação. O pediatra Ricardo Fonseca destacou que a ingestão de álcool, especialmente em crianças, pode levar a consequências severas, como intoxicação aguda, que se manifesta através de náuseas, vômitos e dor abdominal, além de sintomas mais graves, como dificuldade respiratória e até coma.
Sintomas a serem observados
Segundo o pediatra, os efeitos da ingestão de álcool podem aparecer rapidamente, ressaltando que o corpo das crianças é mais sensível a substâncias tóxicas. Entre os sintomas, destacam-se:
- Náuseas e vômitos
- Dor abdominal
- Confusão mental
- Tontura e sonolência intensa
- Hipotermia (queda da temperatura corporal)
- Queda do açúcar no sangue, o que pode levar a convulsões ou coma
- Respiração lenta ou irregular
- Perda de consciência
Como socorrer uma criança intoxicada
Em caso de suspeita de intoxicação por álcool, é crucial manter a calma e seguir alguns passos essenciais:
- Afastar a criança do local e do frasco que contém a substância
- Verificar se a criança está consciente e respirando normalmente
- Ligar imediatamente para os serviços de emergência (SAMU – 192) ou o Centro de Informação Toxicológica (CIATox – 0800 722 6001)
- Informar os operadores sobre a idade da criança, a quantidade de álcool ingerida, o tempo decorrido desde a ingestão e o tipo de produto
É importante frisar que há algumas ações que devem ser evitadas:
- Não induzir o vômito, pois isso pode causar ainda mais complicações, como a aspiração pulmonar
- Não oferecer leite ou alimentos, pois isso não neutraliza o álcool e pode interferir nos procedimentos médicos
- Evitar dar qualquer líquido sem a recomendação médica
Prevenção e conscientização
Esse caso ressalta a necessidade de uma maior conscientização sobre os perigos do acesso a substâncias tóxicas, especialmente em ambientes escolares. É fundamental que pais e responsáveis estejam atentos à segurança das crianças e que as instituições de ensino adotem medidas rigorosas para evitar situações semelhantes. A supervisão adequada e a educação sobre os riscos associados a produtos químicos são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar das crianças.
A situação envolvendo a menina do Distrito Federal levanta questões importantes sobre a vigilância em relação à saúde infantil e a responsabilidade das escolas e dos responsáveis legais. O caso deve servir como um alerta para que todos fiquem mais atentos e adotem práticas preventivas, evitando assim tragédias futuras.
O pediatra Ricardo Fonseca finaliza dizendo que “o consumo de altas quantidades de álcool, especialmente quando se trata de álcool de limpeza, pode ser extremamente tóxico e até fatal, especialmente em crianças”, uma afirmação que reforça a importância de agir rapidamente em caso de exposição às substâncias perigosas.
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