A jovem chinesa Shushu, de 32 anos, convertida ao catolicismo na Espanha, compartilhou sua história de fé após uma revelação no interior de uma igreja em Covadonga, Espanha. Em entrevista exclusiva à ACI Prensa, CNA’s Spanish-language news partner, ela relatou como uma simples visita a uma igreja mudou completamente sua trajetória espiritual.
De China a Espanha: uma busca que virou testemunho de fé
Origem de uma China profundamente ateísta, Shushu nasceu em um ambiente marcado pelo ateísmo promovido pelo regime comunista. Em 2016, ela chegou à Espanha com o objetivo de estudar a história da língua espanhola, mas o que ela não esperava era que uma experiência em uma festa de Halloween desencadearia uma transformação espiritual.
O encontro com Cristo na igreja de Alcalá de Henares
No final de outubro de 2016, após se desejar fugir do ambiente macabro de uma festa de Halloween, ela entrou na Catedral de São Justo e Pastor, em Alcalá de Henares. Lá, ao ouvir uma melodia quase celestial que contrastava com a atmosfera perturbadora da festa, ela se sentiu atraída a entrar na igreja.
Ao fixar seu olhar na imagem de Cristo crucificado ali presente, foi tomada por uma experiência única. “Eu vi Jesus na cruz, e isso me causou um impacto muito grande”, relatou ela. Apesar de sua educação ateísta, ela pensou intuitivamente: “Este é Deus”.
O papel do sacramento e da comunidade na conversão
Movida por uma paz interior, Shushu decidiu falar com um padre na confissão, mesmo sem entender completamente o que era o sacramento. “O padre me olhou como um pai, com um olhar muito especial, transmitindo confiança”, contou ela. A partir daquele momento, ela começou a se aproximar do grupo de Servos de Nossa Senhora de Covadonga, que se tornaria sua família na fé.
A jovem chinesa nunca tinha visto uma freira na vida, mas se impressionou com a alegria e jovialidade das religiosas, o que despertou seu desejo de seguir a Christ. “Eu queria ser filha de Deus, como elas”, afirmou.
O chamado ao batismo e a nova vida
Uma freira perguntou se ela desejava ser batizada, e, inicialmente, ela não compreendia o significado do sacramento. Porém, a alegria das religiosas a convenceu, e ela decidiu receber o batismo, adotando o nome de Shushu Maria.
Após sua conversão, ela enfrentou desafios decorrentes de sua origem ateísta, mas os ensinamentos e o apoio das irmãs foram essenciais para fortalecer sua fé. “Fui batizada na mesma igreja onde entrei pela primeira vez e também me casei lá”, destacou.
Um novo lar espiritual na Espanha
Hoje, ela considera a Espanha sua pátria espiritual, o lugar onde iniciou sua nova vida e onde experimentou a paz de um coração entregue à cruz de Cristo. Grata pela oportunidade de testemunhar sua conversão no santuário de Covadonga, ela reforça a esperança de que seu exemplo inspire outros a buscarem a verdade e a misericórdia do Senhor.
O testemunho de Shushu mostra como um encontro pessoal com Cristo na cruz pode transformar vidas e abrir caminhos para uma fé profunda e duradoura.
