Brasil, 17 de julho de 2025
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Eduardo Bolsonaro critica encontro de Alckmin e pede anistia

Deputado federal cobra anistia para condenados de 8 de janeiro após encontro de Alckmin, Motta e Alcolumbre para discutir tarifas.

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) manifestou críticas, nesta quarta-feira, ao encontro entre o vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), e os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Em suas declarações, Bolsonaro reafirmou a necessidade de concessão de anistia aos condenados pelos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023 e apontou que “isolar” o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não altera o cenário das tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros.

A crítica de Eduardo Bolsonaro

Em suas redes sociais, Eduardo Bolsonaro argumentou que a anistia é uma medida crucial. “Isolar Jair Bolsonaro não muda o cenário. Aprovar a anistia muda. Presidentes Hugo Motta e Davi Alcolumbre contam conosco para resolver a Tarifa-Moraes. O Congresso pode e deve ser protagonista neste imbróglio,” afirmou. Sua declaração revela, ainda, uma tentativa de mobilizar apoio dentro do legislativo para questões que envolvem o cenário político atual e as relações exteriores do Brasil.

O encontro entre Alckmin, Motta e Alcolumbre

O encontro em questão ocorreu na Residência Oficial do Presidente do Senado e teve como pauta a crise gerada pelo aumento significativo de 50% nas tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos aos produtos brasileiros. Durante a reunião, Alckmin informou que a Lei da Reciprocidade será vista como um último recurso, caso as tentativas de diálogo não surtam efeito.

Além de Alckmin, participaram da reunião os senadores Nelsinho Trad (PSD-MS), Motta e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann. Em uma nota conjunta após o encontro, os presidentes das duas Casas do Congresso afirmaram que agirão juntos em resposta ao que classificaram de “agressão” do governo americano.

Reação do governo brasileiro

A resposta do governo brasileiro às tarifas elevadas foi marcada por um tom de diálogo. Neste sentido, um comitê interministerial foi formado com o intuito de promover reuniões com empresários do setor privado para discutir as melhores estratégias de enfrentamento a essa questão. O presidente Lula, já na semana passada, havia se manifestado sobre o tema, respondendo a uma carta de Donald Trump onde o ex-presidente dos EUA acusava o Brasil de “ataques insidiosos” à democracia americana. Lula classificou tais ameaças como “desrespeitosas” e afirmou que o país não se deixaria intimidar.

A divisão de opiniões entre os brasileiros

Uma recente pesquisa Genial/Quaest revelou que a resposta do governo brasileiro às tarifas americanas gerou divisões entre a população. Para 44% dos entrevistados, a postura do presidente Lula e do Partido dos Trabalhadores (PT) é vista como a mais acertada, enquanto apenas 29% acreditam que a posição de Jair Bolsonaro e seus aliados é a correta. A pesquisa, que ouviu 2.004 brasileiros entre os dias 10 e 14 de julho, apresenta uma margem de erro de 2 pontos percentuais e um nível de confiança de 95%.

Além disso, a pesquisa destacou que 74% dos apoiadores de Jair Bolsonaro são a favor de uma união entre o governo atual e a oposição no enfrentamento à tarifa, mostrando que o desejo pela defesa do Brasil transcende as divisões partidárias neste momento delicado.

Com um forte apoio à união em torno da “defesa do Brasil”, 84% da população brasileira considera essa a medida mais adequada, enquanto apenas 9% se opõem a tal movimento. Os percentuais são ainda mais altos entre os eleitores do PT, onde 93% apoiam a ideia de união contra as tarifas norte-americanas.

A divisão nas opiniões dos brasileiros ressalta a necessidade de um dialogo claro e eficaz entre os representantes políticos para encontrar soluções viáveis para os desafios impostos pelas relações internacionais e a segurança econômica do país.

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