Uma pesquisa recente do Centro de Pesquisa Aplicada ao Apostolado (CARA) na Universidade de Georgetown aponta que recitar o rosário de forma privada é a devoção mariana mais adotada por quem está em processo de discernimento vocacional na Igreja Católica dos Estados Unidos. O levantamento, divulgado em junho de 2025, incluiu 1.091 participantes de diversas dioceses norte-americanas.
Devoções marianas e seu impacto no discernimento vocacional
Segundo o estudo, 59% dos respondentes afirmaram que sua devoção a Maria teve “um impacto significativo” ou “muito grande” em seu entendimento inicial de vocação para servir a Cristo e à Igreja. Dentre os religiosos, 71% relataram que essa devoção influenciou consideravelmente seu caminho vocacional, enquanto 49% dos diretores de diáconos apresentaram menor impacto.
A oração do rosário de forma privada foi a devoção mais citada entre os participantes ao considerarem sua vocação. Sete em cada dez entrevistados relataram que essa prática os ajudou positivamente durante o discernimento, sendo que 80% dos bispos afirmaram que ela foi de grande auxílio nesse período.
Influência de marianismos específicos na escolha e na vivência vocacional
Quando questionados sobre a importância de uma dimensão mariana na comunidade ou diocese aos quais pertencem, 35% dos respondentes indicaram que essa dimensão foi “significativa” ou “muito significativa” na sua decisão vocacional. Já no atual percurso religioso, quase todos (89%) relataram manter forte ou moderada devoção a Maria, com 58% manifestando uma “devotção forte”.
Entre as práticas devocionais frequentes, a recitação do rosário semanal ou diária foi a mais comum, especialmente entre os bispos, com 87% afirmando que realizam essa prática com frequência. Outras orações populares incluem a meditação com Nossa Senhora, a recitação do rosário em grupo e a leitura de escritos espirituais dedicados a Maria.
Maria no cotidiano dos religiosos e suas experiências pessoais
De acordo com o levantamento, 80% dos respondentes afirmam que sua devoção a Maria reforçou seu compromisso na vivência do chamado religioso. Muitos também relataram que Maria atua como companheira, guia, conselheira e intercessora, sendo uma presença constante na rotina diária de oração e reflexão.
Além disso, quase metade dos participantes (44%) visitou ao menos um local de aparição mariana, com destaque para Guadalupe (29%) e Lourdes (28%), locais que influenciaram significativamente sua trajetória vocacional.
Percepção sobre o papel de Maria na vida de homens e mulheres de fé
Dos 710 religiosos que destacaram sua relação com Maria, 167 a veem como uma “companheira, amiga, guia e conselheira”. Outro grupo, composto por 129 respondentes, destaca sua função como “intercessora”, enquanto 121 a consideram uma “mãe” em sua vocação e vida religiosa.
A maioria (74%) acredita que a Igreja Católica dá a devida atenção à devoção mariana, enquanto uma pequena parcela (5%) acha que há um excesso, e 21% consideram que deveria haver mais ênfase nesse aspecto.