A história trágica do acidente que resultou na perda de Marília Mendonça, uma das maiores estrelas da música sertaneja, ressurge com um novo desabafo. Vitória Drumond Medeiros, filha de Geraldo Medeiros Júnior — o piloto da aeronave envolvida na queda — se pronunciou sobre a controversa divisão do seguro pago às famílias das vítimas do acidente. Em um relato emocionante, ela defende que a partilha deveria ter sido mais justa, diante da morte de cinco pessoas.
A dor do luto e a dificuldade de se manifestar
Segundo Vitória, muitas famílias afetadas pelo acidente não se manifestaram por estarem imersas em um profundo luto. “Nós éramos a parte mais frágil. Em quem iam acreditar? Em anônimos ou na mãe da maior estrela do sertanejo?” questionou, trazendo à tona o temor que muitos sentiram ao lidar com a situação. Vitória revelou ainda que, inicialmente, considerou levar o caso à mídia, mas optou por evitar a exposição, temendo que isso pudesse agravar a situação.
A divisão do seguro e o papel da justiça
A mãe de Marília, Ruth Mendonça, afirmou que a divisão do seguro foi decidida pela Justiça. “O advogado disse que o juiz entendeu que a maior parte deveria ser da Marília”, comentou em uma entrevista ao programa “Fantástico”. Por sua vez, a seguradora MAPFRE confirmou em nota que o acordo foi homologado judicialmente, mas não detalhou os valores envolvidos.
Vitória revelou que, embora inicialmente fosse contrária ao acordo, acabou cedendo às pressões e necessidades financeiras que afligiam as outras famílias. “Estava empatando a vida de todos. Havia mães que precisavam sustentar filhos, crianças dependendo daquela verba”, explicou.
Relato emocionado e o desejo de justiça
Em um longo depoimento, Vitória detalhou o motivo pelo qual ela e as outras famílias não se manifestaram antes. Argumentou que cada uma delas estava vivendo seu processo de luto e que o foco estava em continuar suas vidas. Mesmo sendo uma figura pública como blogueira, ela hesitou em cobrar justiça da maneira que gostaria. “Pensei que a mídia não iria ajudar e poderia até piorar a situação”, afirmou.
Ela também destacou a dificuldade em conseguir uma comunicação direta com a família de Marília, mencionando que somente interagiu com advogados. Para ela, o que desejava era uma divisão justa, uma vez que cinco vidas foram perdidas no acidente. “Um seguro por morte deveria ser igualitário. Eu lutei por isso”, disse Vitória, enfatizando que foi injusta a distribuição do valor do seguro por apenas um lado.
Um processo encerrado, mas com mágoa
Apesar de aceitar o desfecho do caso, Vitória não esconde a frustração com a forma como tudo ocorreu. “Acredito que todos desejavam receber logo. Não era só eu”, disse, referindo-se às outras famílias e à urgência que algumas delas sentiam em relação ao dinheiro por conta de obrigações familiares.
O relato de Vitória traz à tona questionamentos sobre como situações de tragédias podem ser ainda mais complicadas por questões burocráticas e legais. Ao final de seu desabafo, ela expressou sua esperança de que seu relato pudesse esclarecer a situação e ajudar a compreender a dor vivida por todos os envolvidos, numa tragédia que abalou o Brasil.
As palavras de Vitória Drumond ressoam como um pedido de justiça, lembrando que, por trás das manchetes e da fama, existem vidas que foram impactadas de forma irreparável. E que, no fim, é sobre isso que realmente importa.
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