O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, conduziu nesta quarta-feira a segunda rodada de reuniões com o setor produtivo para discutir os impactos da tarifa de 50% imposta pelo governo dos Estados Unidos a produtos brasileiros. As ações visam criar uma resposta coordenada às medidas unilaterais de Washington.
Reuniões com o setor produtivo e instituições brasileiras
Pela manhã, Alckmin recebeu representantes da indústria nacional, buscando entender os efeitos da tarifa sobre o comércio e empregos. À tarde, o ministro se reuniu com Mario Cezar de Aguiar, presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC), e com Abrão Neto, presidente da Câmara Americana de Comércio do Brasil (Amcham).
A rodada desta quarta deu continuidade às sessões iniciadas na terça-feira, quando Alckmin esteve com empresários do setor industrial e do agronegócio. O objetivo é alinhar estratégias de defesa do setor produtivo brasileiro frente à medida de Trump, que ameaça o fluxo comercial entre os países.
Esforço institucional e diálogo político
Além das conversas com o setor privado, Alckmin se reuniu com os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para reforçar o esforço institucional no enfrentamento às ações unilaterais dos EUA.
“O Parlamento está unido para defender a soberania nacional e os empregos dos brasileiros”, afirmou Alcolumbre após o encontro. Segundo fontes do governo, o canal de diálogo com Washington permanece aberto, mas há preparação para possíveis contramedidas caso as tarifas americanas permaneçam ou aumentem.
Perspectivas de resposta brasileira
A expectativa é que o governo continue articulando com setores econômicos e instituições para definir uma estratégia de resposta adequada. A prioridade é proteger os interesses do país e evitar impactos negativos nas exportações e na geração de empregos.
Mais detalhes sobre as próximas ações do governo devem ser divulgados nos próximos dias, enquanto o cenário de tensão comercial entre Brasil e Estados Unidos permanece em análise.