Na quinta-feira, a Suprema Corte dos Estados Unidos, representada pela juíza Ketanji Brown Jackson, destacou sua preocupação com o fortalecimento da democracia americana. Durante evento promovido pela Associação dos Advogados de Indiana, Jackson afirmou que seu maior temor é o atual estado do sistema democrático do país.
O que preocupa Jackson sobre a democracia
Questionada pelo moderador sobre o que a mantém acordada à noite, a juíza respondeu: “Eu diria que o estado da nossa democracia.” Jackson ressaltou a importância de que a população esteja atenta e envolvida com os acontecimentos políticos e administrativos do país, destacando sua disposição em incentivar esse engajamento.
Atuação na Suprema Corte e opiniões dissidentes
Durante o último mandato, que se encerrou em 27 de junho, Jackson assinou 24 opiniões e se destacou por ter emitido o maior número de dissidentes na Corte, conforme análise do SCOTUSblog. Quando questionada sobre sua decisão de escrever opiniões contrárias ao entendimento da maioria, ela afirmou que o faz quando acredita que tem algo a acrescentar e não tem medo de usar sua voz.
Decisões controversas e opiniões dissidentes recentes
Recentemente, Jackson foi a única a discordar de uma decisão emergencial que permitiu ao ex-presidente Donald Trump realizar demissões em massa no governo federal. Em sua manifestação, ela descreveu a decisão como “não apenas lamentável, mas também presunçosa e sem sentido,” criticando o papel do tribunal na liberação de ações do governo durante litígios emergenciais.
No mês passado, a juíza também divergiu da maioria ao contestar a limitação das interpelações judiciais contra ordens executivas, emitida em uma decisão de 6-3. Sua dissidência alertou para o risco de enfraquecimento do Estado de Direito e alertou que a decisão, ao permitir ações ilegais do Executivo, poderia levar ao aumento da ilegalidade governamental.
Perspectivas e preocupações futuras
Jackson destacou a necessidade de os cidadãos ficarem atentos ao que acontece na política para proteger a democracia. “Se os juízes permitirem que o Executivo aja ilegalmente, o lawlessness do governo poderá prosperar — e o desfecho disso é difícil de prever,” afirmou. Sua preocupação reflete o momento delicado que o país atravessa, com desafios institucionais e políticos à vista.
Mais detalhes podem ser conferidos na reportagem original do HuffPost.