Brasil, 17 de julho de 2025
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ministro moraes intima delegado para depor em investigação de tentativa de golpe

O ministro Alexandre de Moraes convoca o delegado Fabio Shor para depor em inquérito sobre possível golpe no Brasil.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu intimar o delegado Fabio Shor, da Polícia Federal (PF), para depor como testemunha em uma ação que investiga uma suposta tentativa de golpe. O depoimento de Shor estava agendado para esta quarta-feira (16/7), após solicitação da defesa de Filipe Martins, mas o delegado não compareceu à audiência, que foi realizada por vídeoconferência.

Ausência do delegado e a decisão de Moraes

Diante da ausência de Shor, Moraes questionou a defesa de Martins sobre a relevância de ouvir um delegado que participou apenas das investigações e não dos fatos em questão. O advogado Jeffrey Chiquini defendeu a presença de Shor, afirmando que era essencial para a elucidação dos fatos e prometeu que faria apenas perguntas pertinentes à investigação.

Após considerar os argumentos apresentados, Moraes aceitou o pedido e anunciou que irá intimar o delegado, com a expectativa de que ele compareça o mais rápido possível. A entrevista do delegado é crucial, pois ele é o responsável pelas investigações sobre o caso. Fabio Shor foi fundamental no indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) relacionado a uma série de atos que estão sendo averiguados pelo STF.

O caso de Filipe Martins e as acusações

Filipe Martins é réu no núcleo 2 da investigação, que apura o uso indevido da máquina pública, incluindo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), para dificultar o acesso de eleitores aos locais de votação durante o segundo turno das eleições de 2022. Essa prática teria sido especialmente concentrada no Nordeste, um bastião eleitoral do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que concorria com Bolsonaro na disputa presidencial.

A defesa de Martins indicou Shor como testemunha, argumentando que sua participação nas investigações poderia esclarecer diversos pontos sobre os depoimentos da PF. Segundo o advogado de Martins, Marcelo Câmara, o delegado foi notificado sobre o depoimento tanto pessoalmente quanto por WhatsApp. No entanto, Shor não compareceu, pois estava de férias, conforme informado por seu colega Eduardo Kuntz.

Prazo para comparecimento e outros depoimentos

Moraes destacou que o delegado deve comparecer para prestar depoimento até o dia 21 de julho, encerrando assim as oitivas das testemunhas dos réus do núcleo 2. Vale destacar que Shor foi indicado tanto pela defesa de Câmara quanto pela de Filipe Martins.

Nesta quarta-feira, estavam programados 29 depoimentos de testemunhas relacionadas aos réus dos núcleos 2 e 4 da investigação. No entanto, durante a audiência, alguns advogados dispensaram testemunhas e outras foram indeferidas por Moraes. Entre as testemunhas do núcleo 2, algumas mantidas incluíram Eduardo Pazuello e Marco Edson Gonçalves Dias, enquanto outras foram dispensadas ou indeferidas por falta de relevância, como o caso de Onyx Lorenzoni e Fabiana Melisse Da Costa Tronenko.

Implicações futuras no caso

A convocação do delegado pode ter implicações significativas no avanço da investigação e nas possíveis definições de responsabilidades. A expectativa é que a presença de Shor auxilie a corte a compreender melhor os desdobramentos da apuração sobre a trama que teria tentado desacreditar o processo eleitoral brasileiro.

Os próximos dias prometem ser decisivos para o desfecho do caso, enquanto as autoridades seguem de perto o desenrolar dos depoimentos e as respostas a serem apresentadas na corte.

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