Nesta sexta-feira, a deputada federal Alexandria Ocasio-Cortez (D-NY) criticou duramente o presidente Donald Trump em uma publicação na plataforma X, atualizando a sua posição sobre as controvérsias envolvendo os arquivos de Jeffrey Epstein. Ela acusou Trump de ser “rapist” (estuprador), implicando seu envolvimento no escândalo de abuso sexual ligado ao falecido condenado por tráfico sexual.
Repercussões e acusações de Ocasio-Cortez
Segundo a congressista, a administração Trump tem enfrentado forte resistência pública ao não divulgar uma lista de clientes de Epstein, como prometido anteriormente. Epstein, que morreu na prisão aguardando julgamento, é alvo de várias teorias conspiratórias, incluindo versões que sugerem envolvimento de figuras poderosas, embora o Departamento de Justiça tenha afirmado que não há evidências de uma lista de clientes.
“Trump, que foi condenado civilmente por abuso sexual e difamação de E. Jean Carroll em 2023, deve ser responsabilizado. Sua gestão falhou ao não divulgar os nomes que poderiam revelar quem teria usado Epstein para chantagem”, afirmou Ocasio-Cortez em seu comentário na rede social.
Controvérsia e resposta oficial
Recentemente, autoridades, incluindo a Procuradora Geral Pam Bondi, alegaram que a lista de Epstein estaria sob sua custódia, porém, o Departamento de Justiça divulgou um memorando reforçando que não há provas de existência de tal lista. Além disso, o documento afirmou que a morte de Epstein foi um suicídio, contrariando teorias de conspiração populares entre apoiadores do ex-presidente.
Conflitos internos e declarações controversas
Bono, diretor adjunto do FBI, estaria ameaçando deixar o cargo após discutir com Bondi por supostas vazamentos de informações à mídia, o que intensifica a crise de credibilidade na investigação. Enquanto isso, Elon Musk, bilionário e ex-aliado de Trump, também alegou que Donald Trump possuía arquivos ligados a Epstein, em uma postura que amplia o clima de desconfiança.
Reação dos apoiadores de Trump e o cenário político
Steven Cheung, porta-voz da Casa Branca, respondeu às críticas de Ocasio-Cortez, chamando-a de “miserável bloqueada” e acusando-a de sofrer de “síndrome de TDS (Trump Derangement Syndrome)”, uma referência às especulações sobre a obsessão de alguns com Trump.
Anteriormente, em um comício em abril, a própria Ocasio-Cortez já tinha chamado Trump de “estuprador”, ao afirmar que ele deveria se olhar no espelho ao falar sobre “estupradores e criminosos”.
A controvérsia segue acesa, enquanto a discussão sobre os arquivos de Epstein e a responsabilidade de figuras públicas continua gerando debates acalorados na política americana.
Este artigo foi originalmente publicado no HuffPost.