O ex-presidente Barack Obama convocou os democratas a deixarem de “navel-gazing” e “reclamarem” em um momento de forte polarização política nos Estados Unidos. Em um evento privado em Nova Jersey nesta sexta-feira, Obama afirmou que os democratas precisam “endurecer-se” para enfrentar os desafios atuais, incluindo a administração Trump e o risco de autocracia.
Democratas devem mostrar coragem, afirma Obama
Segundo relatos confirmados pela MSNBC e inicialmente divulgados pela CNN, Obama incentivou o Partido Democrata a atuar com mais firmeza, especialmente diante das próximas eleições para governadores em Nova Jersey e Virgínia, em novembro. “É hora de menos reflexão e mais ação”, declarou o ex-presidente, enfatizando que os democratas precisam “fortalecer-se”.
“Você não pode ser democrata e ficar quieto quando seus valores são desrespeitados”, afirmou. “Precisamos de coragem para defender a liberdade de expressão, mesmo quando é difícil. Isso é o que faz a diferença neste momento.”
Desafios atuais na política americana
Risco de autocracia
Obama também destacou que os perigos que o país enfrenta são “cada vez maiores”, citando o risco de o Estados Unidos avançar para um sistema autoritário, especialmente pelos ataques de Trump à independência do judiciário e às instituições democráticas, como informou o HuffPost.
O papel dos candidatos e a liderança do partido
Refutando a ideia de que o partido precisa de um “messias”, Obama pediu que os democratas apoiem os candidatos atuais, como a representante Mikie Sherrill em Nova Jersey e a ex-representante Abigail Spanberger na Virgínia. “Temos excelentes candidatos nesta eleição. Apoiem-nos”, disse.
Perspectivas de mudança
Para Obama, as eleições de novembro podem ser um “ponto de partida” para mover o país na direção certa, caso os democratas tenham mais coragem e resistência. Ele finalizou exortando os membros do partido a saírem da zona de conforto e agirem com determinação diante das ameaças atuais.
Esta intervenção reforça a postura de Obama de que os democratas devem enfrentar os desafios com firmeza e coragem, especialmente em tempos de crise democrática, enquanto aguardam as próximas eleições. Segundo analistas, sua fala visa reconsolidar a unidade do partido e prepará-lo para o que vem.