Brasil, 16 de julho de 2025
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Hugo Motta demite funcionárias suspeitas de serem fantasmas

O presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou a demissão de funcionárias suspeitas após denúncia da Folha de S.Paulo.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou nesta terça-feira a demissão de duas funcionárias de seu gabinete, Gabriela Pagidis e Monique Magno, após denúncias de irregularidades em seus vínculos empregatícios. A situação foi revelada em reportagem publicada pela Folha de S.Paulo, que apresentou casos de servidoras que acumulavam empregos, levantando questionamentos sobre a atuação delas no legislativo.

As funcionárias e suas exonerações

Gabriela Pagidis, que recebia um salário mensal de R$ 11,4 mil, e Monique Magno, com um salário de R$ 1,7 mil, foram exoneradas por questões que envolvem a compatibilidade de suas funções. Ambas atuavam em regime remoto e estavam no gabinete de Motta desde 2024. Sua demissão será oficializada através de publicação no Diário Oficial da União (DOU) desta quarta-feira.

Conforme as informações apresentadas pelo noticiário, Motta expressou em nota que se compromete a seguir rigorosamente as obrigações de todos os funcionários de seu gabinete, enfatizando que isso inclui aqueles que também trabalham remotamente. A Câmara dos Deputados possui regras específicas para esses casos, que garantem a dispensa de marcação de ponto para essas funções.

A relação das funcionárias com outras ocupações

O caso das servidoras se tornou ainda mais complicado por conta das ocupações paralelas que mantinham. Monique Magno, por exemplo, se descreveu como uma mãe solo que lida com múltiplas responsabilidades, alegando que consegue equilibrar dois empregos ao mesmo tempo, além de cuidar de sua criança. Gabriela, por sua vez, declarou que sua função no gabinete envolve a organização de agendas e eventos e confortou-se ao afirmar que suas atividades são essenciais para o funcionamento do legislativo.

Investigações de práticas irregulares

A Folha de S.Paulo informou que a atuação das servidoras estava em desacordo com as normas que proíbem o acúmulo de cargos públicos, especialmente em uma função que exige dedicação exclusiva. Ambas foram contratadas no cargo de secretário parlamentar, que estabelece uma carga horária de 40 horas semanais e condiciona a proibição de acumular outros empregos públicos. A denúncia aponta que a trajetória de trabalho das funcionárias não condizia com as expectativas associadas às suas funções públicas.

Adicionalmente, a reportagem também mencionou uma terceira funcionária, que é estudante de medicina, mas não entrou em maiores detalhes sobre essa contratação. A existência de uma suposta rede de servidores públicos não dedicados a suas funções gera um debate importante sobre a gestão de recursos e qualidade no serviço público brasileiro.

Repercussão e próximos passos

A atitude de Hugo Motta ao demitir as funcionárias repercutiu entre os parlamentares e a sociedade civil, que aguardam comunicados futuros sobre novas investigações relacionadas ao caso. Essa situação ressalta o papel da imprensa em revelar práticas que possam prejudicar a credibilidade do poder público. A expectativa é que essa postura do presidente da Câmara funcione como um alerta para possíveis desmandos dentro do Legislativo.

Além das demissões, especialistas do setor público alertam para a necessidade de uma revisão nos processos de contratação e acompanhamento das atividades dos servidores, enfatizando que transparência e responsabilidade são essenciais para o bom funcionamento das instituições democráticas.

O caso das funcionárias fantasma coloca em pauta a importância de uma gestão pública eficiente e a responsabilidade dos parlamentares em garantir que suas equipes estejam comprometidas com suas funções, sempre em conformidade com as normas estabelecidas.

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