Brasil, 16 de julho de 2025
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Procurador-geral pede condenação de réus no caso golpista

A PGR requer a condenação de oito pessoas envolvidas no esquema golpista, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.

No contexto das investigações em curso sobre a trama golpista que visava desestabilizar a democracia brasileira, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, requereu nesta segunda-feira a condenação de oito réus considerados parte do “núcleo crucial” desse esquema. Entre os denunciados, destaca-se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras figuras proeminentes do seu governo, que estão sendo investigadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Os réus e suas implicações na trama golpista

Além de Bolsonaro, o grupo inclui ex-ministros e aliados próximos: Walter Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Paulo Sérgio Nogueira, o deputado federal Alexandre Ramagem, o ex-comandante da Marinha Almir Garnier e o tenente-coronel Mauro Cid. Segundo a PGR, todos tiveram papéis significativos em ações que visavam impedir a posse do atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva.

A participação de Jair Bolsonaro

As investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) revelaram que Jair Bolsonaro organizou uma reunião crucial com os chefes das Forças Armadas em dezembro de 2022, na qual foram apresentadas estratégias para um possível golpe. A reunião discutiu a “utilização de institutos jurídicos” como Garantia da Lei e da Ordem e a declaração de Estado de Defesa ou Estado de Sítio para barrar a posse de Lula.

Em meio às evidências, a PF também indicou que Bolsonaro revisou uma minuta de um decreto que tinha teor golpista, e ele teria incitado ações antes das eleições, mostrando uma preocupação clara em manter a ordem e sua posição política.

O papel de Walter Braga Netto

Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil, também esteve à frente de reuniões que buscavam disseminar desinformações sobre o processo eleitoral. De acordo com a PF, Braga Netto foi central na promoção e discussão de um plano que visava assassinar Lula, Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes, propondo a formação de um “Gabinete de Crise”.

Augusto Heleno e Anderson Torres: Conivência e ações diretas

Outro ex-ministro, Augusto Heleno, participou ativamente das reuniões que visavam promover desinformação sobre as eleições e sugeriu a infiltração de agentes da ABIN nas campanhas eleitorais, com o intuito de minar a credibilidade do processo democrático. Anderson Torres, então ministro da Justiça, também foi corroborado nas discussões que envolviam a instrumentalização de autoridades para manipular o processo eleitoral.

O envolvimento militar

Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, é acusado de ser o único chefe militar a apoiar as iniciativas de Bolsonaro para o golpe. Ele teria colocado as tropas disponíveis para o ex-presidente, demonstrando a conivência de setores das Forças Armadas nas manobras golpistas.

Alexandre Ramagem e Mauro Cid: Espionagem e delação premiada

O deputado Alexandre Ramagem, enquanto chefiou a ABIN, é apontado como responsável por um esquema de espionagem, mantendo registros que confirmam orientações a Bolsonaro sobre ataques às urnas eletrônicas. Já Mauro Cid, tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, fechou um acordo de delação premiada e deixou a prisão em setembro de 2023, revelando detalhes sobre as coordenações do plano golpista.

Caminhos futuros e a busca por Justiça

A manifestação do procurador-geral é um passo significativo em direção à responsabilização dos envolvidos na trama golpista. Com os indícios cada vez mais robustos, o STF está diante de um grande desafio e, ao mesmo tempo, uma oportunidade de fortalecer as instituições democráticas do Brasil, punindo aqueles que tentaram desviar a integridade do processo eleitoral e a vontade popular.

O que resta agora é aguardar as movimentações no judiciário, pois a decisão do STF poderá estabelecer não apenas a culpa ou inocência dos réus, mas também um marco na luta contra a desinformação e os golpes dentro da esfera democrática no Brasil.

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