Brasil, 16 de julho de 2025
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Geraldo Alckmin discute na Amcham revés na tariffação dos EUA

Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento busca reverter tarifa de 50% aplicada pelo governo dos EUA sobre produtos brasileiros

Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, afirmou que se reunirá nesta quarta-feira (16/7) com a Câmara Americana de Comércio (Amcham) para tentar reverter a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. A medida, anunciada pelo presidente Donald Trump, impacta setores como agricultura, indústria química, tecnologia e cooperativas.

Esforços para diminuir a tarifa de 50% dos EUA

Durante uma reunião com representantes do agronegócio na tarde desta terça-feira (15/7), Alckmin destacou a urgência da questão. “Vamos trabalhar para reverter esse quadro, pois há produtos perecíveis e embarcados que podem ser prejudicados,” afirmou o ministro. Ainda segundo ele, a intenção é procurar uma solução até 31 de agosto, sem solicitar prorrogação do prazo pelo governo americano.

Reunião com setores do setor produtivo

Alckmin ressaltou que o encontro contará com representantes de diferentes setores, incluindo a indústria química, cooperativas, confederações agrícolas e do comércio, além de empresas de software de origem americana. “O objetivo é dialogar com os empresários dos EUA, mostrando que o prejuízo não é só para o Brasil, mas também para os americanos, devido à complementaridade econômica,” explicou.

Reação do governo brasileiro às medidas tarifárias

O governo brasileiro vem adotando medidas de resposta, incluindo a assinatura da Lei da Reciprocidade Econômica pelo presidente Lula, que permite a adoção de contramedidas proporcionais às ações dos EUA, como a suspensão de concessões comerciais e de direitos de propriedade intelectual, em caso de tarifas unilaterais.

Diplomacia e negociações

Alckmin revelou que as tratativas entre Brasil e Estados Unidos começaram após Trump sobretaxar em 10% produtos brasileiros e em 25% aço e alumínio enviados ao mercado norte-americano, em abril. O ministro também ressaltou que o governo não pretende pedir extensão do prazo de início da tarifa, que entra em vigor em 1º de agosto, mas sim buscar uma solução até essa data.

“Vamos enviar uma carta ao governo americano aguardando resposta e mostrando nossa disposição para resolver o problema,” afirmou Alckmin. Ele destacou ainda a importância do diálogo com o comércio dos EUA, reforçando que a medida prejudica ambas as partes devido à integração econômica.

Presença de altos representantes na agenda diplomática

Participaram do encontro o secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, além de representantes de entidades do setor produtivo e do agronegócio, como o presidente da ABIEC, Roberto Perosa, e o vice-presidente da Minerva, Edison Ticle.

Perspectivas futuras e próximos passos

Geraldo Alckmin afirmou que o governo manterá esforços contínuos para esclarecer a importância da relação comercial Brasil-EUA, colaborando para evitar prejuízos à economia brasileira e americana. Segundo ele, há um apelo para que os setores dialoguem com seus parceiros nos EUA em busca de soluções diplomáticas e econômicas.

O resultado dessas negociações será fundamental para definir o impacto do “tarifaço” e possíveis medidas retaliatórias que o Brasil possa adotar, reforçando o papel de uma diplomacia de reciprocidade e diálogo construtivo.

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