Brasil, 16 de julho de 2025
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Indústria pede diálogo ao governo brasileiro contra tarifas dos EUA

Representantes do setor industrial reforçam busca por entendimento nas negociações com os Estados Unidos diante do tarifaço de Trump

Representantes da indústria brasileira afirmaram nesta terça-feira (15/7) que o Brasil não reagirá de forma intempestiva às tarifas impostas pelos Estados Unidos e solicitaram ao governo diálogo nas negociações com Washington. O tarifaço, que inclui uma tarifa de 50% sobre exportações brasileiras, prejudica setores como agricultura e indústria.

Setor industrial busca soluções diplomáticas frente às tarifas dos EUA

O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, destacou que o setor produtivo está alinhado na busca por uma solução que evite a escalada do conflito comercial. “O que temos aqui é um perde-perde”, afirmou Alban após a reunião em Brasília. Ele reforçou que o país deve buscar entendimento nas negociações com os Estados Unidos.

O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes da Silva, também manifestou confiança na condução diplomática do governo. “Os empresários têm absoluta confiança na nossa equipe para resolver essa questão de forma negociada”, disse Gomes da Silva.

Reunião com representantes do governo e setor produtivo

Estiveram presentes na reunião representantes do governo federal, como o vice-presidente Geraldo Alckmin, ministros, secretários e embaixadores, além de líderes empresariais, incluindo presidentes de indústrias como Embraer, Tupy, e associações do setor de calçados, têxtil e máquinas.

Brasil é principal alvo do tarifaço de Trump

Desde o início da semana passada, os EUA notificaram formalmente 24 parceiros comerciais, impondo tarifas unilaterais às importações. O Brasil foi o mais afetado, com uma tarifa de 50% sobre suas exportações, incluindo óleos de petróleo, ferro, aço, celulose, café e produtos automotivos. “O Brasil é o principal prejudicado neste pacote de tarifas”, afirmou uma fonte do setor.

O governo brasileiro respondeu defendendo a soberania nacional e indicando disposição de negociar, ao mesmo tempo em que se prepara para uma possível aplicação do princípio da reciprocidade, caso as negociações não avancem até 1º de agosto. O presidente Lula também sancionou a Lei de Reciprocidade Econômica, que permite ações como a suspensão de concessões comerciais em resposta a medidas unilaterais.

Impactos e próximos passos

O tarifão afeta principalmente setores que têm forte ligação às exportações, como a indústria de máquinas, produtos químicos e alimentos, que representam cerca de 12% das exportações brasileiras para os EUA. Caso não haja acordo, o governo pode aplicar contramedidas previstas na legislação.

Segundo especialistas, a escalada das tarifas pode prejudicar a competitividade da indústria brasileira e gerar retração na economia. As próximas semanas serão decisivas para o desfecho da disputa comercial, com as negociações ainda em andamento.

Mais detalhes sobre o tema e atualizações podem ser acompanhados nas publicações relacionadas no portal Metropoles.

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