Há cinquenta anos, “Tubarão” de Steven Spielberg emergiu das profundezas e se tornou um marco do cinema mundial, instaurando o conceito de blockbuster de verão. Nesta semana, a National Geographic lançou o documentário “Jaws @ 50: The Definitive Inside Story”, que revela os bastidores turbulentos da produção e os desafios técnicos enfrentados pela equipe. Aqui estão 23 fatos incríveis que descobri assistindo ao especial.
Nos bastidores de “Tubarão”: de dúvidas a sucessos
Spielberg, então preocupado com atrasos no cronograma, chegou a achar que “Tubarão” poderia arruinar sua carreira. O diretor tinha pouca esperança de ser contratado novamente, mas a força do projeto falou mais alto. Curiosamente, ele também confessou que não conhecia bem o livro de Peter Benchley até lê-lo, encantando-se com sua narrativa sobre um “Leviatã do mar”.
A inspiração e o título do filme
Peter Benchley, que passou temporadas em Nantucket capturando carpas, refletia sobre a ideia de um tubarão que permanecesse em um mesmo local. Após meses de brainstorm, diversos títulos foram testados — de “Terror do Abismo” a “Leviatã Ascendente” — até que “Tubarão” foi aprovado, consolidando-se como o nome definitivo.
Produção e efeitos especiais: o grande desafio
Joe Alves, responsável pelo design do tubarão, apresentou desenhos de tamanhos variados, incluindo um modelo de 32 pés. Spielberg achou o formato pouco realista e optou pelo de 26 pés, que parecia mais ameaçador e plausível. A famosa boca do tubarão ganhou o nome de “Bruce”, em homenagem ao advogado do diretor, Bruce M. Reimer, e a criatura se tornou uma lenda.
Para criar o visual do tubarão, Spielberg combinou imagens reais de tubarões com o animatrônico, capturando trechos de tubarões selvagens para manter o realismo. George Lucas, na época, já previa o sucesso estrondoso do filme, após ver a montagem da criatura.
Desafios técnicos na filmagem
O tubarão mecânico, apesar de imponente, frequentemente apresentava problemas por causa da água salgada, que destruía os sistemas hidráulicos — chegando a funcionar ao contrário na primeira tentativa. Além disso, muitas cenas foram filmadas em tanques de água em estúdios, incluindo as sequências mais intensas, como os ataques e a luta na jaula.
Controvérsias e curiosidades nos bastidores
As relações entre Richard Dreyfuss e Robert Shaw eram marcadas por brincadeiras e tensões reais, refletindo a adrenalina das filmagens. Uma cena icônica, que mostra o ataque na água, quase não saiu: uma sequência de uma vítima sendo puxada por cima do tubarão foi cortada por parecer excessiva.
Outro fato curioso envolve o roteiro: a ideia de uma abertura com o tubarão já ataca foi descartada porque a criatura estava em reparo e Spielberg optou por uma cena mais sutil e assustadora, sem mostrar a besta de imediato.
Música e legado
John Williams compôs uma trilha sonora pulsante e implacável, reforçando a persistência do tubarão e aumentando a tensão. Para quem quer ver “Bruce” de perto, a última réplica do tubarão mecânico está exposta no Museu do Cinema de Los Angeles.
Percepções e impacto cultural
O filme, além de seu sucesso de bilheteria, gerou reflexões além da tela. Fidel Castro, por exemplo, considerou “Tubarão” uma metáfora sobre a corrupção do capitalismo. Também há relatos de tubarões reais being sighted na área das filmagens, lembrando a todos do perigo das águas costeiras.
Spielberg revela que, na premiação de 1975, quase preferiria “Um Estranho no Ninho” ao título de Melhor Filme, demonstrando sua humildade e o peso de um clássico que mudou o modo de fazer blockbusters.
Legado e preservação
Hoje, a maior parte do equipamento original foi destruída ou perdida, exceto uma réplica do tubarão, que vive em exibição e continua fascinando fãs de cinema. O especial “Jaws @ 50” está disponível na Hulu, trazendo ainda mais detalhes sobre essa obra que assustou e encantou gerações.
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