Brasil, 15 de julho de 2025
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Marina Lima fala sobre a morte assistida do irmão Antonio Cícero

Artista discute a eutanásia e a importância da legalização no Brasil após a morte do poeta.

Na última terça-feira (15), durante o programa “Conversa com Bial” da Globo, Marina Lima, cantora e compositora de 69 anos, abordou um tema delicado que mexeu com o coração de muitos: a morte assistida do seu irmão, o poeta Antonio Cícero, que faleceu aos 79 anos na Suíça. O procedimento, que é legalizado no país europeu, gerou uma reflexão importante sobre a eutanásia e sua necessidade de ser regulamentada no Brasil.

A decisão de Antonio Cícero

Marina Lima não apenas lamentou a perda do irmão, mas também compartilhou com o público a escolha consciente de Cícero em optar pela morte assistida. A cantora enfatizou que essa decisão foi algo intrínseco ao seu ser, afirmando que ele sempre foi fiel às suas convicções. “A morte dele faz parte da obra dele. Isso é incrível, tenho um orgulho danado disso”, disse Marina, expressando sua admiração pela coragem do irmão.

A eutanásia, um tema frequentemente polêmico no Brasil, foi uma das principais discussões durante a entrevista. Marina fez questão de ressaltar a importância de permitir esse tipo de escolha em território brasileiro, enfatizando que é triste que pessoas precisem viajar para o exterior para buscar esse direito. “Por que tem que ir para o exterior fazer isso? Como várias coisas no Brasil, devia ser permitido no Brasil também”, afirmou.

O que é a morte assistida?

A morte assistida é um procedimento médico que permite a alguém que está sofrendo de uma doença terminal ou incurável escolher encerrar sua vida com assistência profissional. Na Suíça e em outros países, como Holanda, Bélgica, Portugal e Colômbia, essa prática é regulamentada e oferece aos pacientes a possibilidade de uma morte digna, longe do sofrimento prolongado.

Reflexão sobre a eutanásia

Marina Lima também destacou que a discussão sobre a eutanásia deve ser ampliada na sociedade. Ela acredita que a legalização da prática no Brasil traria à tona questões profundas sobre qualidade de vida e liberdade de escolha. “É um orgulho danado. Faz todo mundo pensar de novo sobre isso… Sobre eutanásia, sobre permissão”, comentou a artista, instigando os ouvintes a refletirem sobre suas próprias convicções a respeito do tema.

Com seu jeito sensível e apaixonado, Marina levantou questões importantes que podem impactar a sociedade brasileira. O fato de que Antonio Cícero optou por não discutir sua decisão com muitas pessoas, inclusive com sua própria família, também refletiu a solidão que pode envolver escolhas tão pessoais. “Ele não conversou com ninguém sobre isso, porque acho que ele tinha medo que alguém interferisse”, disse Marina, lembrando que apenas seu marido, Marcelo, sabia da decisão que estava por vir.

A importância do diálogo

A cantora não apenas reconheceu a escolha corajosa do irmão, mas também ressaltou a necessidade de um diálogo aberto sobre temas como a morte assistida. “Jamais iria interferir, porque conheço ele desde que nasci. Sei como ele é, sei como ele era racional e decidido em relação a tudo”, comentou, mostrando a complexidade das emoções envolvidas nesse processo difícil.

Em meio às suas considerações, Marina Lima conseguiu transformar um momento de tristeza em uma oportunidade de reflexão e conscientização. Através da sua história e da de Antonio Cícero, surgem debates fundamentais que podem contribuir para a mudança da legislação sobre a eutanásia no Brasil.

Esse testemunho não apenas humaniza a discussão, mas também marca um passo vital rumo à compreensão e aceitação de diferentes escolhas de vida e de morte na sociedade contemporânea.

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