Brasil, 15 de julho de 2025
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Reações de MAGA à controvérsia Epstein: booing e questionamentos

Enquanto cresce o descontentamento, destaque do Fox News evidencia a divisão sobre os arquivos de Epstein

O apoio à Donald Trump entre os seguidores do movimento MAGA enfrenta turbulências diante da controvérsia sobre os arquivos de Jeffrey Epstein, revelando uma polarização acentuada na base. Recentemente, uma ocasião na Turning Point USA expôs esse cenário de desacordo, com uma audiência que chegou a booar perguntas sobre os resultados da investigação.

Fox News e a avaliação da base MAGA sobre Epstein

Na última semana, Laura Ingraham, apresentadora da Fox News, questionou um público de jovens apoiadores do movimento conservador na Summit de Turning Point USA. Ela perguntou se estavam satisfeitos com os resultados das investigações relacionadas a Epstein. A resposta foi uma forte rejeição, com a plateia entoando gritos de descontentamento sob o comando da apresentadora, que tentou conduzir a conversa de forma diplomática, mas sem sucesso.

Segundo a própria Ingraham, “muito dessa narrativa de infighting está superestimada”, e ela reforçou a importância de “reunificar a família” conservadora, embora reconheça as “dúvidas” quanto aos resultados da apuração. Em uma tentativa de apaziguar, afirmou que o que é necessário é “clareza na apresentação dos fatos” e que “aqueles que abusaram de crianças deveriam estar na cadeia”.

Desafios internos e o impacto na narrativa MAGA

Essa cena simboliza a crescente crise de confiança entre os apoiadores de Trump. Mesmo diante de declarações do Departamento de Justiça de que não há provas de uma lista de clientes incriminatória vinculada a Epstein, alguns membros do círculo Trump continuam promovendo teorias da conspiração, como ex-aliados como Pam Bondi, que alegou ter uma lista de clientes na mão.

Recentemente, Trump também minimizou a polêmica ao afirmar, pelo Truth Social, que “não devemos perder tempo com Epstein, alguém de quem ninguém se importa”, o que gerou uma reação negativa de seus apoiadores. A princípio, o movimento MAGA se mostra dividido: enquanto parte busca afastar-se do tema, outra permanece cética e ainda alimenta teorias para manter a narrativa de conspiração viva.

Repercussões e a dissonância cognitiva

O episódio evidencia a dissonância entre a postura de preservação dos valores de “justiça” e “defesa das vítimas” e o apoio contínuo a Trump, mesmo diante de sinais claros de má gestão da crise de Epstein. Essa contradição tem alimentado debates internos no universo MAGA, onde a lealdade ao ex-presidente muitas vezes supera a análise crítica dos fatos históricos e judiciais.

Especialistas observam que, apesar do discurso de lealdade incondicional, a insatisfação cresce no cerne do movimento, o que pode afetar a influência de Trump nas próximas eleições ou na agenda conservadora mais ampla.

Perspectivas futuras

Embora Trump tente minimizar o impacto das investigações e o que considera “boatos”, a insatisfação expressa nas manifestações e nas redes sociais indica que a base MAGA enfrenta uma fase de recalibração. O clima de desconfiança pode alterar os próximos passos do ex-presidente e a direção do movimento conservador, que agora precisa lidar com essa divisão interna.

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