O clima de tensão aumentou em um condomínio de Ribeirão Preto, SP, com a investigação do fazendeiro Alípio João Júnior, de 58 anos, por intimidações severas aos moradores. O Ministério Público local formalizou um pedido de prisão preventiva dele, que já possui um histórico criminal, incluindo um incidente recente em um shopping.
Histórico de ameaças e ações agressivas
No dia 14 de julho, o promotor Paulo José Freire Teotônio solicitou à Justiça que Alípio seja detido, alegando que ele apresenta um risco iminente à segurança pública. Esta solicitação vem após diversas denúncias de moradores, que afirmaram ter enfrentado problemas frequentes com o fazendeiro, culminando em ameaças explícitas e ações perturbadoras, como explosões de bombas em varandas.
Os vizinhos relataram que nos últimos dias a situação se intensificou, com Alípio enviando áudios recheados de ameaças de morte ao síndico e aos moradores. Nesses áudios, ele se expressa de maneira chocante, chamando um vizinho de “bosta, pobre, anão, veado e gigolô”, além de alegar que poderia matar a filha do síndico e explodir o apartamento do outro morador se o barulho de uma criança não parasse.
A gravidade das ameaças
As gravações, que têm um teor extremamente violento, foram apresentadas como prova no pedido de prisão preventiva. Alípio declarou não ter receio de ações legais, insinuando que tem conexões com autoridades e que, se quisesse, poderia facilmente se livrar das consequências de seus atos. “Eu sou ‘assim’ com a Polícia Civil, Federal, e juiz aposentado”, afirmou em uma das falas gravadas.
Na quinta-feira (10), os moradores já haviam tomado a iniciativa de registrar um boletim de ocorrência contra Alípio, mencionando não apenas as ameaças, mas também a perturbação da paz, perigo para a vida e injúria. O promotor Teotônio enfatizou que é estarrecedor que ele ainda esteja em liberdade, considerando o potencial que Alípio tem de causar danos maiores.
Incidente anterior em shopping
Este não é o primeiro incidente que envolve Alípio na esfera criminal. Em junho, ele foi preso após atirar com uma arma de pressão em um funcionário de um shopping, revoltado por ter perdido seu ticket de estacionamento. O disparo resultou em ferimentos na virilha da vítima, que, embora tenha necessitado de atendimento hospitalar, não correu risco de morte.
A polícia, após o ocorrido, encontrou mais armas e substâncias suspeitas em seu veículo, levando à sua detenção, embora tenha sido liberado dois dias depois. Este recente pedido de prisão preventiva demonstra um agravamento da situação e a preocupação da comunidade em relação ao comportamento cada vez mais violento do fazendeiro.
Demandas do ministério público
O Ministério Público, além de solicitar a prisão preventiva, requer que Alípio seja submetido a uma avaliação médica-legal para entender o seu estado mental. O promotor Teotônio argumenta que as ameaças reiteradas e a capacidade de causar danos significativos tornam necessária a intervenção. “Precisamos tomar uma providência urgente para que isso não aconteça”, conclui.
Impacto na comunidade
A situação gerou um clima de medo entre os residentes do condomínio. As crianças, que deveriam estar seguras em seu lar, tornaram-se alvos de ameaças alarmantes, fazendo com que muitos questionassem a segurança de sua própria comunidade. É um alerta sobre como a violência pode se infiltrar nas nossas vidas cotidianas e a importância da intervenção rápida e eficaz das autoridades.
À medida que os acontecimentos se desenrolam, a comunidade e as autoridades monitoram a situação de perto, esperando que medidas decisivas sejam tomadas para garantir a segurança de todos os moradores de Ribeirão Preto, diante de um cenário alarmante engendrado por um indivíduo com um histórico de violência e impunidade.
Serão passos fundamentais para assegurar que a paz e a segurança retornem à vida dos moradores do condomínio, que agora vivem com temor e insegurança.