Brasil, 15 de julho de 2025
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PGR pede condenação de Jair Bolsonaro em ação sobre trama golpista

Paulo Gonet, procurador-geral da República, apresentou parecer no STF pedindo a condenação do ex-presidente e aliados por crimes graves.

No último dia 14 de julho, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, entregou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um parecer crucial na ação penal nº 2.668, que investiga uma suposta trama golpista que teria como alvos principais o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados. O documento, extenso e minucioso, contém 517 páginas e traz à tona o pedido de condenação do ex-presidente por diversos crimes, levantando mais um capítulo na já conturbada história política brasileira.

Crimes imputados a Bolsonaro e aliados

No parecer, Gonet acusa Bolsonaro de liderar uma organização criminosa e de participar de tentativas de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Além disso, o procurador citou a suposta intenção de realizar um golpe de Estado, o que é considerado uma grave ameaça à democracia e à estabilidade do governo brasileiro. Os crimes listados na acusação incluem:

  • Liderar organização criminosa;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado pela violência;
  • Grave ameaça contra o patrimônio da União.

A entrega do parecer foi feita pouco antes da meia-noite e chamou a atenção pela gravidade das acusações. Além de Bolsonaro, o PGR pediu a condenação de outros seis integrantes do núcleo da suposta trama golpista. São eles:

  • Alexandre Ramagem, ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  • Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal;
  • Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI);
  • Mauro Cid, tenente-coronel do Exército e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
  • Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa;
  • Walter Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil;
  • Almir Garnier, ex-comandante da Marinha do Brasil.

Próximos passos do processo judicial

Agora, após a apresentação das alegações finais por Gonet, começa a contar o prazo para a defesa do ex-ajudante de ordens e delator do caso, Mauro Cid. A espera da defesa de Cid, que terá um prazo de 15 dias para se manifestar, se seguirá com o prazo conjunto para as demais defesas, incluindo a de Bolsonaro.

O panorama do julgamento de Bolsonaro e seus aliados pode acontecer entre os meses de agosto e setembro, conforme informações divulgadas pelo site Metrópoles. Considerando a soma dos prazos e levando em conta que os prazos processuais não são suspensos durante o recesso do Judiciário no mês de julho, a previsão é de que todas as alegações sejam finalizadas até 11 de agosto.

Relatoria do caso e implicações futuras

O caso está sob a relatoria do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, que tem um histórico de decisões rigorosas em questões de segurança pública e proteção à democracia. A gravidade das acusações e o histórico dos réus levantam preocupações sobre as implicações que este processo pode ter na política brasileira e na percepção pública das instituições democráticas.

À medida que o Brasil observa atentamente os desdobramentos desse caso, também surgem questões sobre o futuro político de Jair Bolsonaro e como ele poderá responder a essas graves acusações. As próximas semanas serão cruciais, e o desfecho desse processo poderá moldar o cenário político nacional nos anos vindouros.

O acompanhamento desse caso é fundamental para entender não apenas as ações individuais de Bolsonaro e de seus aliados, mas também para avaliar a saúde da democracia brasileira em um momento tão conturbado.

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