Brasil, 15 de julho de 2025
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Advogado se irrita com risada de delator durante depoimento no STF

No STF, advogado de ex-assessor de Bolsonaro se incomoda com risada de Mauro Cid durante depoimento sobre tentativa de golpe de Estado.

No Supremo Tribunal Federal (STF), a tensão tomou conta da audiência em que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, prestou depoimento como “informante do juízo” sobre a suposta tentativa de golpe de Estado que envolveu diversos núcleos do governo anterior. A situação se intensificou quando o advogado Jeffrey Chiquini, defensor de Filipe Martins, ficou visivelmente irritado com uma risada de Cid ao ser indagado sobre questões relacionadas a encontros e listas de presença no Palácio do Alvorada.

A audiência e os principais acontecimentos

Mauro Cid depõe no STF para esclarecer a atuação dos núcleos 2, 3 e 4 investigados nas ações relacionadas à tentativa de golpe. Essa seção do processo envolve não apenas os envolvidos diretos, mas também diversos representantes legais, incluindo advogados dos réus e membros da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Durante o depoimento, Cid foi questionado por Chiquini sobre a responsabilidade em incluir ou retirar nomes de uma tabela que controla as entradas no Palácio do Alvorada. A atmosfera se tornou tensa quando, ao ser indagado sobre uma reunião específica que ocorreu em 19 de novembro, Cid soltou uma risada alta. Essa reação provocou a irritação do advogado, que, visivelmente abalado, exclamou: “O senhor está rindo de quê? O senhor não pode rir da minha pergunta.”

Ministro Moraes intervém

Em meio à discussão, o ministro Alexandre de Moraes, que conduzia a audiência, interveio ao perceber a alteração no tom do advogado. Moraes pediu calma ao defensor, dizendo: “Comporte-se, doutor”. Esse episódio ilustra a tensão presente nas audiências, que lidam com um tema sensível e de grande relevância para a democracia brasileira.

Quem é Mauro Cid?

Mauro Cid foi um dos principais ajudantes de ordens durante a presidência de Jair Bolsonaro e se tornou uma figura central nas investigações relacionadas a atos decorrentes da tentativa de golpe que, segundo a PGR, envolveu diversos agentes do Estado e figuras políticas. Nessa audiência, Cid permaneceu por cinco horas sob questionamentos, aprofundando os detalhes sobre os eventos que ocorreram no entorno do governo federal.

O depoimento de Cid, que acontece sob a condição de “informante do juízo”, busca elucidar a dinâmica de atuação desses núcleos e a participação de cada figura envolvida. Durante a oitiva, outras testemunhas, como Clebson Ferreira de Paula Vieira e Adiel Pereira Alcântara, também foram ouvidas, mas sem a presença do ministro Moraes.

A importância das investigações

As investigações que o STF conduz sobre a tentativa de golpe são fundamentais para assegurar a integridade das instituições democráticas no Brasil. O processo, que considera a atuação coordenada de diferentes setores do governo, levanta questões cruciais sobre o respeito à ordem democrática e a possibilidade de manobras ilegais que possam ameaçar a estabilidade do país.

Tais audiências não significam apenas busca por esclarecimentos, mas também refletem a necessidade de reparação e justiça em um contexto político conturbado, que ainda reverbera nas sociedades brasileiras.

Proxima etapas do processo

Com as audiências em andamento, o STF continuará a ouvir tanto os acusados quanto testemunhas, procurando estabelecer um quadro completo das ações realizadas e suas conotações legais. A contribuição de Cid e outros informantes será essencial para a construção do caso e para os próximos passos que o tribunal e a Procuradoria devem tomar em relação à responsabilização de eventuais crimes políticos.

Enquanto isso, a sociedade brasileira observa atentamente os desdobramentos, ciente de que a transparência e a responsabilidade são fundamentais no fortalecimento do Estado democrático de direito.

Para mais detalhes sobre o andamento das investigações, acesse a cobertura completa das audiências e depoimentos no site do STF e nos principais veículos de comunicação.

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