Brasil, 15 de julho de 2025
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Perda de 110 mil empregos pode ocorrer com tarifa dos EUA

A CNI alerta para impacto da taxação americana sobre o Brasil e pede adiamento das novas tarifas.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alertou nesta segunda-feira (14/7) sobre a possibilidade de 110 mil postos de trabalho serem extintos no Brasil devido à nova taxação de 50% aplicada pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros. Essa medida, anunciada recentemente pelo presidente norte-americano Donald Trump, também pode desencadear uma queda significativa no Produto Interno Bruto (PIB) do país.

Encontro entre representantes da indústria e governo

No fim da tarde de segunda-feira, representantes do setor produtivo se reuniram com Tatiana Lacerda Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). O foco do encontro foi discutir os impactos econômicos e sociais que a imposição dessas tarifas poderá causar.

Durante a reunião, os empresários e líderes da indústria ressaltaram a urgência de um adiamento mínimo de 90 dias na implementação das novas tarifas. Para a CNI, esse tempo é crucial para que a indústria brasileira possa entender de maneira detalhada os efeitos da medida e buscar alternativas diplomáticas que possam mitigar perdas maiores. “É essencial que o governo busque um diálogo aberto com os Estados Unidos”, indicou a CNI.

Impactos econômicos da tarifação

A aplicação da tarifa de 50% foi atribuída, segundo Trump, à chamada “caça às bruxas” contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, que atualmente enfrenta processos judiciais. Essa decisão gerou uma onda de preocupação entre empresários e trabalhadores, que temem por empregos e a saúde econômica do país.

Além da estimativa de perda de postos de trabalho, economistas alertam que o PIB poderá sofrer com esta nova movimentação, refletindo na diminuição da atividade econômica e em possíveis demissões em massa. Especialistas afirmam que, caso a taxação permaneça, produtos brasileiros enfrentarão dificuldades para competir no mercado americano, o que pode desencadear uma crise não apenas no setor industrial, mas em toda a economia nacional.

A busca por soluções diplomáticas

Os participantes da reunião enfatizaram a necessidade de um tratamento cuidadoso do assunto, destacando a importância do diálogo entre Brasil e Estados Unidos. A cooperação econômica e a estabilidade das relações comerciais foram colocadas como temas centrais para evitar um agravamento da crise. A secretária Tatiana Lacerda Prazeres garantiu que as preocupações levantadas na reunião seriam levadas ao conhecimento do governo federal.

Relações comerciais Brasil – EUA

Trump anunciou que as novas tarifas entrarão em vigor a partir de 1º de agosto, deixando pouco tempo para que o governo brasileiro possa estruturar uma resposta adequada. O presidente Lula e sua equipe esperam que essa iniciativa de aproximação com o setor produtivo ajude a construir uma nova fase de relacionamento com os empresários, após um início de mandato marcado por tensões, especialmente em relação ao pacote de reforma tributária e mudanças nas taxas de impostos.

A expectativa é que um esforço conjunto entre governo e setor privado possa minimizar os danos da nova tarifação e manter o mercado brasileiro protegido. O desafio, agora, será encontrar atenuações que levem em conta tanto a necessidade de proteção da indústria nacional quanto as relações diplomáticas com os Estados Unidos.

A situação está em constante monitoramento e qualquer desenvolvimento adicional será crucial para que o governo brasileiro possa se preparar e reagir adequadamente aos desafios que se avizinham.

Clique aqui para saber mais sobre o impacto das tarifas dos EUA.

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