Brasil, 14 de julho de 2025
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IBCB-R revela retração de 0,7% em maio e sinaliza desaceleração para 2025

Índice de Atividade Econômica do BC indica queda em maio, enquanto analistas revisam projeções de crescimento para o próximo ano

O Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), divulgado pelo Banco Central do Brasil (BC) nesta segunda-feira (14), mostrou uma retração de 0,7% em maio na comparação com o mês anterior, ajustado sazonalmente. Este foi o primeiro recuo do indicador neste ano, após uma queda de 0,9% em dezembro de 2024. Na comparação com maio de 2024, o indicador apresentou alta de 3,2% sem ajuste sazonal.

Desaceleração e previsões para 2025

Apesar do bom desempenho de 3,4% na economia brasileira em 2024, surpresa para os economistas, o cenário para 2025 indica uma desaceleração significativa, principalmente devido às altas de juros adotadas pelo Banco Central para combater a inflação. A projeção do mercado financeiro é de uma expansão de 2,23% do PIB no próximo ano, bem abaixo do crescimento registrado em 2024.

Política monetária e impacto na economia

O Banco Central tem defendido que a desaceleração econômica é uma medida para conter pressões inflacionárias. Em junho, a taxa básica de juros foi elevada para 15% ao ano, seu maior patamar em quase 20 anos, e o BC indicou que manterá a taxa nesse nível por um período prolongado. A expectativa geral é de que o corte na taxa só ocorra em 2026, conforme avaliado por vários analistas do mercado financeiro.

Indicadores e diferenças entre PIB e IBC-Br

Embora o IBC-Br seja considerado uma espécie de “prévia mensal” do PIB, ele apresenta diferenças de cálculo e nem sempre se aproxima dos dados oficiais do Produto Interno Bruto, divulgado pelo IBGE. O índice do BC inclui estimativas para agropecuária, indústria, serviços e impostos, mas não considera o lado da demanda.

O resultado do índice é utilizado pelo BC para orientar a política de juros, acreditando que uma menor expansão econômica deve contribuir para o controle da inflação. Contudo, a previsão de desaceleração também reforça o entendimento de que a política monetária mais rígida possui efeito restritivo sobre o crescimento do país.

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