Brasil, 14 de julho de 2025
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Lula convoca reunião para discutir tarifas de Trump e resposta brasileira

Presidente Lula reúne equipe nesta domingo para tratar do tarifaço imposto pelos EUA e prepara decreto de resposta até terça-feira

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou neste domingo (13) uma reunião de emergência para discutir a resposta do Brasil às tarifas de 50% impostas pelos Estados Unidos, liderados por Donald Trump. O encontro, que não estava na agenda oficial, contou com a presença do vice-presidente Geraldo Alckmin, do ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, e técnicos do Ministério da Fazenda.

Governo prepara decreto para responder às tarifas de Trump

De acordo com o vice-presidente Alckmin, o governo deve editar, até terça-feira, um decreto que regulamenta a Lei da Reciprocidade, permitindo ao Brasil tomar medidas econômicas contra os Estados Unidos. “Vamos reagir de forma proporcional e estratégica às tarifas de Trump, e o decreto será publicado até segunda-feira”, afirmou Alckmin.

Reação oficial e esforços para reverter a tarifação

Apesar da resposta iminente, Alckmin destacou que o governo ainda trabalha para reverter a imposição da tarifa, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto. “Estamos dialogando com as autoridades americanas para evitar a implementação dessas tarifas e buscar uma solução diplomática”, completou.

Na manhã deste domingo, o presidente Lula postou um vídeo em suas redes sociais, onde colhe jabuticabas e oferece ao presidente Donald Trump. Na gravação, Lula afirma que a fruta é brasileira e que sua doçura pode ajudar a melhorar o humor do mandatário americano, em tom de provocação e humor.

Lei da Reciprocidade e contexto da medida

O presidente Lula reagiu às declarações de Trump anunciando tarifas ao citar a Lei da Reciprocidade, aprovada recentemente pelo Congresso Nacional. A lei, que passou sem votos contra na Câmara e no Senado, permite ao Brasil responder a ações comerciais prejudiciais com barreiras econômicas e a suspensão de concessões.

Segundo o documento, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) do Ministério da Economia ganhará poderes para suspender negociações comerciais, aplicar restrições às importações e cobrar royalties, se necessário, como forma de proteger a competitividade brasileira.

Implicações econômicas e diplomáticas

Especialistas indicam que a medida é uma resposta estratégica que fortalece a posição do Brasil diante das tensões comerciais globais. Segundo a análise do Centro de Estudos Brasil-Estados Unidos (Cebri), as tarifas podem impactar setores como o automotivo e agrícola, especialmente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Reações e próximos passos

O governo afirmou que aguarda a edição do decreto para oficializar a resposta brasileira às tarifas. Enquanto isso, a expectativa é que as negociações entre Brasil e EUA continuem na tentativa de evitar uma escalada nas tensões comerciais.

O fato de o Brasil ter aprovado a Lei da Reciprocidade reforça a postura de defesa contra medidas unilaterais, além de ampliar as possibilidades de ações retaliatórias futuras, em caso de necessidade.

Para mais detalhes, leia a matéria completa no Globo.

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