Brasil, 14 de julho de 2025
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Chelsea conquista Mundial de Clubes com vitória sobre o PSG

A vitória do Chelsea no Mundial de Clubes destaca a importância da adaptação no futebol.

A conquista do Mundial de Clubes pelo Chelsea sobre o PSG com uma incontestável vitória por 3 a 0 neste domingo reforça alguns dos claros recados que o futebol insiste em nos dar: não se ganha de véspera, não importa quão favorito você seja. Em um torneio que opôs forças de diferentes continentes, venceu a que conseguiu, no jogo que importava, aliar talento individual e capacidade coletiva de competir. E de quebra, com um estilo próprio, sem domínio, mas muita efetividade e letalidade. Nada de receita de bolo sobre uma só forma de vencer. Se não ganhou o melhor, ganhou quem teve a maior capacidade de se adaptar.

A importância das atuações individuais

Essas características passam obrigatoriamente pelas atuações de Cole Pálmer, autor de dois gols, e do brasileiro João Pedro, que fez o terceiro, todos no primeiro tempo. Mas vão muito além. O título do Chelsea premiou a equipe que melhor conseguiu anular as virtudes do PSG e apresentou as suas a partir das fraquezas dos seus adversários. Com mais posse de bola, o time francês esteve longe de criar situações em volume como fez na goleada sobre o Real Madrid. Como disse o técnico Luis Enrique, o que se pensa e faz no futebol vale para hoje, para amanhã se vencer, mas não para o futuro.

O plano tático do Chelsea

Com um esquema montado para fazer a pressão média e lançar bolas longas para os atacantes, o Chelsea de Enzo Maresca ignorou os prognósticos de equipe recém-formada contra um trabalho mais consolidado e fez o PSG provar do próprio veneno, inibindo toda aquela intensidade e vencendo a maioria dos duelos. Aqui vale menção ao excelente trabalho do argentino Enzo Fernandez, que fazia o movimento de saltar a pressão e dificultar a saúde de bola de Vitinha ao lado dos zagueiros. Os laterais Cucurella e Malo Gusto também leram bem os movimentos de Dué e Dembele, anularam as subidas de Hackimi e Kvaratskhelia, e depois de alguns momentos de pressão, o PSG precisou baixar as linhas para não ser surpreendido com bolas nas costas.

Os gols que garantiram a vitória

No primeiro gol, Gusto recebeu aberto pela direita, dividiu com Nuno Mendes e contou com um tropeço do português para invadir a área livre, tocar para trás, e achar Palmer. O meia ajeitou o corpo com toda a categoria para colocar a bola no cantinho de Donnarumma. Na sequência, Palmer recebeu na ponta direita e veio cortando para dentro. Sem marcação, teve tempo de mais uma vez preparar a finalização e acertar no mesmo lugar do primeiro gol. No lance, João Pedro se movimentou para confundir a marcação e deu mais tempo para o arremate. No terceiro gol, o brasileiro se movimentou quando Palmer recebeu na meia direita e enfiou a bola entre Nuno e Beraldo, que só olharam. Antes do fim do primeiro tempo, o jogo estava praticamente resolvido.

A resistência na etapa final

Na etapa final, o Chelsea não baixou a guarda. Manteve uma saída vigorosa nos pés de Enzo Fernandez e Caicedo, que impediam qualquer reação do PSG. O incansável Pedro Neto, que já era arma pelo lado esquerdo do ataque, flutuou mais, obrigando o time francês a não se descuidar. E quando chegava, o goleiro Sanchez fez ótimas defesas. Além da superioridade física e tática, o Chelsea ainda demonstrou grande poder mental. Soube cadenciar e acelerar o jogo nas horas certas, sempre com o gélido Palmer, que começou a irritar os adversários quando controlava a bola.

O PSG e suas dificuldades

Ainda assim, a posse era do PSG, que teve quase do dobro do rival na partida. Com saídas em velocidade, o Chelsea poderia até ter ampliado. Delap, que entrou na vaga de João Pedro, errou alguns arremates. Com dores, Enzo Fernandes deu lugar ao brasileiro Andrey Santos, e a equipe de Maresca terminou inteira, combativa, mas já sem o mesmo ímpeto de golear o adversário. Nem precisou. Mais adaptado, o Chelsea segurou um pouco mais a bola, fez até cera com quedas no campo, e esvaziou o favoritismo do PSG, terminando como merecido campeão da primeira Copa do Mundo de Clubes no campo, e de certa forma justificando o posto de equipe que mais investiu no elenco nesta temporada.

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